Denise Chrispim Marin, correspondente em Washington
WASHINGTON - Um atirador matou 20 crianças e 6 adultos, e
depois morreu, em uma escola de ensino fundamental em Newtown, no
Estado americano de Connecticut. Segundo a polícia local, a identidade
do suspeito ainda não foi confirmada. Esse foi o pior massacre nos EUA
desde Virginia Tech, em 2007.
The Journal News/AP
Policiais e pais de alunos chegam em Sandy Hook
Das crianças mortas, 18 morreram na escola e outras 2 no Hospital de Danbury, em razão dos ferimentos. Entre os adultos mortos, estão o diretor da escola e um psicólogo. Os tiros foram disparados em duas salas de aula em um dos andares da escola.
Segundo a imprensa americana, a mãe do suspeito seria professora na escola e também teria morrido. Ao longo do dia, houve relatos conflitantes sobre a identidade do atirador. Em um primeiro momento ele foi identificado como Ryan Lanza, de 24 anos. Agora, o crime é atribuído a seu irmão, Adam, de 20. A mãe foi identificada como Nancy Lanza. Segundo a polícia, a confusão ocorreu porque o nome dos irmãos foi trocado por um policial que preencheu o boletim de ocorrência. A foto de Ryan, identificando-o como o atirador, correu o mundo, assim como seu perfil em redes sociais.
A polícia de Newtown recebeu um chamado de emergência às 9h30 (12h30, no horário de Brasília) da Sandy Hook Elementary School, onde estudam cerca de 626 crianças e adolescentes, segundo o tenente da Polícia de Connecticut, J. Paul Vance. Uma equipe da Swat foi enviada para reforçar a resposta policial. Detalhes sobre a operação não foram revelados.
A polícia informou que o atirador estava vestido com roupas escuras, colete à prova de bala e máscara no rosto. Aparentemente, seu principal alvo era a mãe. Ele trazia quatro armas, segundo testemunhas. Mas a polícia confirmou o recolhimento de apenas duas: uma pistola e um fuzil automático. O suspeito disparou pelo menos 100 vezes. Uma segunda pessoa foi detida no bosque próximo à escola e interrogado. Mas não foi confirmada sua identidade nem sua provável coautoria no crime. Ele teria gritado para a polícia, ao ser pego: "Eu não sou o culpado".
A chegada da polícia permitiu a retirada da escola das crianças em pânico e desagasalhadas, apesar da temperatura abaixo de zero. Já do lado de fora, professores tremiam e choravam. Todos tiveram antes de passar por uma revista. A diretora da escola, Dawn Hochsprung, também estaria entre os mortos.
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