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quarta-feira, 23 de março de 2011

Partículas de radiação do Japão chegam à Islândia e à Finlândia

Os governos da Islândia e da Finlândia informaram nesta quarta-feira que partículas de radiação provenientes da usina de Fukushima, no Japão, já chegaram aos dois países. Os resíduos, no entanto, não representam riscos à saúde humana.

Na Finlândia, a Autoridade de Radiação e Segurança Nuclear (Stuk) anunciou que foram detectadas partículas de iodo radioativo procedentes do Japão em duas estações de medição em Helsinque e Rovaniemi (na região da Lapônia).

Segundo a agência nuclear finlandesa, as quantidades de isótopos de iodo 131 detectadas são tão pequenas (menos de um milibecquerel por metro cúbico de ar) que não representam nenhum risco para a saúde.

"A concentração de partículas deveria ser pelo menos um milhão de vezes maior para que fosse necessário tomar algum tipo de medida", afirmaram os diretores da Stuk em nota oficial.

Os especialistas finlandeses acreditam que a nuvem radioativa deverá se estender por todo o hemisfério norte, embora com efeito inofensivo à saúde humana.

ISLÂNDIA

Medições feitas pelas estações de isótopos radioativos da comissão preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO) indicaram o registro de partículas de radiação na Islândia.

A central de meteorologia da Áustria (ZAMG), que divulgou nesta quarta-feira os dados mais recentes, relata que no domingo passado foram detectadas pequenas quantidades de iodo-131 sobre o país nórdico, que supostamente vieram da usina nuclear de Fukushima, danificada no último dia 11 pelo terremoto e posterior tsunami.

No entanto, os especialistas austríacos destacam que as quantidades registradas de iodo radioativo na estação de Reykjavík não constituem nenhum tipo de perigo para a saúde humana.

A ZAMG indicou também que na região do desastre as correntes de ar estão transportando radioatividade em direção ao Oceano Pacífico, enquanto as chuvas pararam.

Segundo os cálculos da central austríaca, se espera para os próximos dias mais vento em direção oeste, o que levaria as partículas radioativas novamente para o interior do Japão.

CBTO

A CTBTO, que é dependente da ONU (Organização das Nações Unidas) e tem sede em Viena, transmite os dados de suas medições aos 182 Estados-membros, que depois as divulgam caso os países desejem.

A organização ainda não se encontra em pleno funcionamento, já que uma série de países com programas nucleares por enquanto não ratificou o tratado, lançado em 1996.

O objetivo é estabelecer uma rede de 337 estações de medições de diferentes tipos, incluindo 80 que podem registrar isótopos radioativos.

Por enquanto, a rede conta com 264 estações distribuídas por todo o planeta.

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