SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

terça-feira, 26 de abril de 2011

Academia lembra 200 anos com homenagens na cidade

Considerada um marco na história do País e responsável pela formação de militares de peso como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) comemorou ontem o aniversário de 200 anos, em Rio Pardo. Na Rua Andrade Neves, em frente ao Centro Regional de Cultura, sede da escola por quase seis décadas, houve formatura alusiva à data com a participação de 150 soldados da guarnição federal de Cachoeira do Sul, formada pelo 13º Grupo de Artilharia de Campanha e pelo 3º Batalhão de Engenharia de Combate.
Atualmente localizada em Resende, no Rio de Janeiro, a Aman é o estabelecimento de ensino que forma oficiais combatentes de carreira do Exército Brasileiro. O general Antônio Hamilton Martins Mourão, comandante da 6ª Divisão do Exército, explica que dentro das comemorações do bicentenário da academia, a tropa faz uma homenagem aos locais onde foram formados os oficiais mais signiticativos da escola.
Para o secretário de Turismo de Rio Pardo, Ronaldo Pinto Gomes, a Academia é uma referência para o Brasil e de grande valor ao município. “Rio Pardo agradece ao Exército por ter instalado aqui uma resistência para impedir a invasão de espanhóis ao Brasil durante o Tratado de Tordesilhas”, afirma.
Além do general Mourão, também participaram da formatura o general Juan Carlos Oroz-co, o tenente-coronel Hemann Moreira de Oliveira e o bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, dom Canísio Claus.

REFERÊNCIA
A Aman foi a primeira escola militar do Estado e hoje é referência para outras academias da América do Sul no ensino militar a oficiais do Exército. O curso de quatro anos abrange formação básica e avançada do cadete e formação específica com armas de infantaria, cavalaria, artilharia e engenharia. A academia oferece formação militar e universitária durante o período.
Entre os nomes de peso que passaram pela Aman estão Getúlio Vargas, presidente do Brasil por dois períodos, general Bertolo Ritter Klinger, comandante do contingente de Mato Grosso na Revolução de 1932, e o marechal João Batista Mascarenhas de Moraes, comandante da 1ª divisão de Infantaria Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira.

História começou em Rio Pardo

1810 – Em 4 de dezembro, começa a história da construção da Academia Militar com a chegada do príncipe regente Dom João ao Brasil. A Carta Régia, assinada por ele, criou a Academia Real Militar – raiz histórica da Academia Militar das Agulhas Negras –, onde atualmente é a sede do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

1855 – Na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual município de Rio Pardo), foram criados os cursos de infantaria e cavalaria. O fato trouxe à cidade o início de um crescimento que estaria intimamente ligado aos anos em que a escola permaneceu na região.

1858 – Cursos de infantaria e cavalaria de Rio Pardo recebem o nome de Escola Militar Preparatória da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.

1890 – É criada a Escola Prática de Infantaria e Cavalaria de Rio Pardo para o aperfeiçoamento do ensino militar, em virtude da Proclamação da República. Da segunda metade do século 19 até o início do século 20, Rio Pardo se tornou sede de cinco escolas do Exército.

1911 – É extinta a Escola de Aplicações de Infantaria e Cavalaria, até então existente em Rio Pardo.

1918 – O ensino militar é unificado na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.

1944 – Buscando maior espaço físico e localização, foi construída a Escola Militar de Resende.

Nenhum comentário:

Postar um comentário