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sábado, 9 de abril de 2011

Menos minério, mais aviões

A visita da presidente Dilma Rousseff à China nesta semana é considerada mais um grande teste da diplomacia brasileira. Apesar das expectativas após a condenação ao Irã, violações a direitos humanos na China não entrarão na agenda. O pragmatismo fala mais alto. “É contraproducente tocar em questões políticas sensíveis quando precisamos avançar na pauta comercial”, explica um diplomata. Também não será feito qualquer pedido de apoio à pretensão brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. O que interessa é a abertura do mercado chinês. Hoje, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, que tem superávit de US$ 5 bilhões numa balança de US$ 56 bilhões. Mas as exportações brasileiras são quase exclusivamente produtos básicos e bens intermediários, enquanto importa bens manufaturados. Melhorar essa dinâmica será a tarefa de Dilma, que desembarca em Pequim nesta segunda-feira 11 e encontra o presidente chinês, Hu Jintao, no dia seguinte. Outra boa oportunidade para entender melhor as condições de acesso ao mercado chinês será o seminário empresarial, que contará com a participação de quase 300 empresários brasileiros. Além da agenda bilateral, Dilma também participa da cúpula dos BRICs na cidade de Sanya, na quinta-feira 14. Nos horários de folga ela deve visitar a Cidade Proibida e a Muralha da China.

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