SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Parceria militar e esportiva

DILMA NA CHINA Entre os principais acordos selados por brasileiros e chineses estão iniciativas para segurança internacional e organização de eventos Leandro Kleber A primeira viagem oficial da presidente Dilma Rousseff à China teve como resultado prático a assinatura de acordos entre empresas e governo brasileiro e instituições públicas e privadas chinesas. Oficialmente, seis documentos, sendo cinco memorandos, foram assinados ontem pela presidente Dilma Rousseff, por ministros e pelo presidente chinês, Hu Jintao. Uma parceria esportiva que visa a troca de experiências para a preparação e a organização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil é um deles. A China sediou, com sucesso, os Jogos de 2008 e, daqui a três anos, vai receber os Jogos Olímpicos da Juventude. Um acordo na área de defesa também foi anunciado. Os chineses, donos do maior exército do mundo, trocarão experiências militares com o Brasil. Os acordos têm prazo de vigência variados e podem ser rediscutidos pelas autoridades dos dois países a qualquer momento. O intercâmbio de informações relacionadas à defesa inclui operações militares de manutenção de paz das Nações Unidas. O Brasil lidera uma missão pacífica no Haiti. Pelo acordo, estão previstos treinamento militar conjunto e segurança em eventos como a Copa e as Olimpíadas. A cooperação para a defesa será feita por meio de visitas de delegações, intercâmbios de instrutores, participação em cursos teóricos e práticos, visitas de navios e aeronaves, eventos culturais e desportivos, além de participação conjunta em pesquisa e desenvolvimento de programas de aplicação de tecnologia de defesa. Boa qualidade Para evitar que produtos de baixa qualidade sejam trocados entre os países, um memorando assinado entre o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o órgão chinês responsável pela supervisão de qualidade e inspeção traz novidades. O documento busca aprimorar os mecanismos de vigilância do mercado para reduzir o número de ferimentos e as fatalidades causados em consequência da má produção desses itens. Dois memorandos que tratam de desenvolvimento sustentável também estiveram na pauta. Em um deles, os dois países se comprometem a proteger e utilizar os recursos hídricos com mais eficiência e aprofundar a cooperação entre os países. O Ministério do Meio Ambiente brasileiro e a respectiva pasta chinesa avaliam que o potencial na área é enorme e que a cooperação bilateral técnica, gerencial e comercial aumentará o domínio dos recursos. Isso inclui troca de informações nas áreas de controle de enchentes, reforços de barragens, projetos de transferência de longa distância de cursos d’água (como do Rio São Francisco) e proteção a bacias. “A relação comercial entre os dois países nos últimos anos foi muito mais favorável à China. Agora, há uma tentativa clara de redefinir a relação e uma agenda econômica forte. O tom é diferente e mais proativo, no sentido de que a presidente Dilma quer marcar os direitos brasileiros”, avalia o professor do Instituto de Relações Internacionais da UnB Antônio Ramalho. Capacitação Os dois países também assinaram um documento em que se estabelece a construção de um centro de pesquisa e inovação em nanotecnologia no Brasil. O centro será chefiado por um coordenador brasileiro e um chinês e será constituído por núcleos de pesquisa com o objetivo de executar projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento e formação e capacitação de recursos humanos. O Tio Sam também A realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 também foi tema de acordo entre o Brasil e os Estados Unidos. Na visita do presidente Barack Obama ao país, no mês passado, as partes fecharam um acordo que envolve o planejamento e a segurança dos dois principais eventos esportivos do planeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário