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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Japão diz que 28 técnicos receberam altas doses de radiação

O Japão avisou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) das Nações Unidas que 28 funcionários que estão trabalhando na tentativa de estabilizar a usina nuclear de Fukushima receberam altas doses de radiação. Das 300 pessoas que estão no local, que foi atingido pelo terremoto seguido de tsunami em 11 de março, 28 acumularam doses de mais de 100 millisieverts, disse a AIEA, citando autoridades Japonesas. "Nenhum trabalhador recebeu a dose de radiação acima do estipulado pelo Japão de 250 millisieverts que iria restringir a exposição dos funcionários de emergência", disse a AIEA nesta sexta-feira. A dose média de radiação na usina foi de 50 millisieverts em cinco anos. No mês passado, dois funcionários de Fukushima foram levados ao hospital depois que seus pés foram expostos a 170 a 180 millisiverts quando eles pisaram em água contaminada. Eles se recuperaram bem. TRATAMENTOS Um grupo de cancerologistas fez um apelo, nesta sexta-feira, à conservação de células-tronco retiradas do sangue dos operários que trabalham na central nuclear acidentada de Fukushima, como medida de precaução para tratamentos futuros, no caso de exposição a níveis mortais de radiação. Os especialistas em câncer de quatro hospitais japoneses precisaram, em carta à revista britânica The Lancet, que seria recomendável conservar essas células de centenas de trabalhadores que tentam, desde o terremoto seguido de tsunami, de 11 de março, evitar uma catástrofe nuclear na central, situada no nordeste do Japão. A técnica utilizada consiste em extrair células-tronco do sangue que circula no corpo humano, que poderiam ser transplantadas em alguns tratamentos, para favorecer a produção de novas células nos pacientes com tumores passíveis de serem eliminados por radioterapia. As equipes presentes em Fukushima trabalham em condições sumamente perigosas para a saúde, tentando extrair água radioativa do local, para reparar o sistema de resfriamento dos três reatores acidentados, segundo os cancerologistas. "O fechamento completo desses reatores levará muitos anos. O risco de uma exposição acidental aumenta desta forma, pelo que será importante para eles congelar as células", explicaram os médicos. A carta está assinada por uma equipe de cinco especialistas, dirigidos por Tetsuya Tanimoto, da Fundação Japonesa para a Pesquisa sobre o Câncer, e Shuichi Taniguchi, do Hospital Toranomon, ambos de Tóquio.

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