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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gbagbo é preso por forças do rival com ajuda da França, diz ONU

O presidente em exercício da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi detido por forças leais ao seu rival Alassane Ouattara --reconhecido internacionalmente como o vencedor das eleições presidenciais--, confirmou a ONU nesta segunda-feira. A ação teve o apoio de tropas francesas e da ONU. "A missão da ONU na Costa do Marfim confirma que o ex-presidente Laurent Gbagbo se rendeu às forças de Outtara e está sob custódia", disse o porta-voz da organização, Farhan Haq. Segundo ele, a missão da ONU no país, conhecida como UNOCI, está providenciando "segurança, de acordo com seu mandato". O enviado da ONU ao país, Youssoufou Bamba, disse que Gbagbo está "vivo e bem" após sua detenção e será levado a julgamento. Gbagbo e sua mulher, Simone, foram levados ao quartel-general de Ouattara, afirmou Anne Ouloto, porta-voz do presidente reconhecido internacionalmente. Anteriormente, um assessor de Gbagbo na França havia dito que forças especiais francesas o teriam detido e entregado aos líderes da oposição rebelde. O presidente estava vivendo em um bunker na residência em Abidjan há cerca de uma semana. Depois de uma década no poder, ele se recusa a sair apesar de as Nações Unidas terem reconhecido o presidente eleito nas eleições de novembro, Alassane Ouattara. Tanques franceses avançaram pelo centro de Abdijã na manhã desta segunda-feira, um dia depois de um segundo bombardeio aéreo que alvejou posições de Gbagbo na capital. A poucos metros da casa de Gbagbo, moradores disseram ter visto dez veículos blindados com a bandeira francesa circulando na manhã de hoje, o que forçou os homens leais ao presidente a deixarem a região. Dois dos tanques bloquearam o acesso à região, enquanto os outros seguiram para a casa do presidente. Na região comercial de Plateau, testemunhas dizem ter visto soldados franceses se confrontando com seguidores de Gbagbo perto do palácio presidencial. Gbagbo perdeu o controle do país há cerca de duas semanas, quando partidários de Ouattara tomaram conta do norte e do oeste do país, além de Abdijã. A atual crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro, quando Gbagbo, presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota frente a Ouattara e a ceder o poder, apesar do forte pressão internacional para que deixe a presidência. BOMBARDEIOS Neste domingo, helicópteros da França e da ONU lançaram foguetes contra a residência de Gbagbo, em uma retaliação aos ataques contra civis. Moradores próximos do complexo presidencial disseram ter visto dois helicópteros da ONU Mi-24 e um francês abrirem fogo contra a residência, onde Gbagbo se mantém em um bunker. Um repórter da agência Associated Press relatou que helicópteros decolaram de uma base militar e minutos depois foram ouvidas explosões na direção da residência do presidente. Outros helicópteros franceses partiram nas horas seguintes e novos bombardeios foram ouvidos.

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