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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Durante eleições, Dilma planeja viagens ao exterior


Presidente quer usar compromissos externos para evitar cobranças de apoio

a presidente da República, Dilma Rousseff
Dilma Rousseff: bem longe durante a campanha (Wilson Dias/Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff pretende usar o segundo semestre de 2012 para acelerar seu calendário de viagens internacionais. Além dos eventos obrigatórios de que tem de participar, ela planeja visitas a países latino-americanos e europeus e uma possível volta à África.
As eleições municipais, cujas campanhas começam a esquentar em agosto, não devem travar essa agenda. Ao contrário, Dilma pensa em usar os compromissos externos para evitar cobranças de apoio a candidatos a prefeito.
Dilma já definiu: vai participar apenas das campanhas de Belo Horizonte, onde se envolveu diretamente na articulação política que levou ao lançamento da candidatura do petista Patrus Ananias, e em São Paulo, para tentar ajudar seu ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
O principal cabo eleitoral na capital paulista será mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, patrono da candidatura, mas Dilma pretende dar seu apoio a Haddad não apenas em programas eleitorais. Nas demais cidades, a presidente quer manter distância das campanhas para evitar confusão na sua base eleitoral. A agenda internacional aparece como desculpa perfeita. Não há ainda nenhuma data ou algo mais concreto além dos eventos tradicionais, como a Assembleia Geral das Nações Unidas - setembro, em Nova York - e o encontro do Mercosul para selar a entrada da Venezuela no bloco em 31 de julho - e esta nem viagem será, pois foi transferida do Rio para Brasília.
Agenda cheia - A presidente, no entanto, planeja, uma agenda cheia. Estão nos planos um pouco mais de atenção aos vizinhos sul-americanos, incluindo possivelmente o Uruguai, a Colômbia e o Peru, onde foi ver a posse do presidente Ollanta Humala.
Até agora, Dilma visitou apenas a Argentina, sua primeira viagem internacional, e a Venezuela, quando juntou uma visita de Estado à participação na primeira Cúpula dos Estados Latino-americanos. No continente, também deve entrar a posse do novo presidente do México, Enrique Peña Nieto, em dezembro.
Do outro lado do Atlântico, Dilma quer voltar à África. Ela fez uma primeira visita, em outubro passado, a Angola e Moçambique - mas quer ampliar os contatos. Essa viagem pode acontecer em novembro, caso se confirme a realização da Cúpula África-América do Sul (ASA), na Guiné Equatorial. A presidente também gostaria de ir, ainda este ano, à Rússia, o único país dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que ainda não visitou. O convite já havia sido feito pelo ex-primeiro-ministro Dmitri Medvedev e foi repetido pelo atual, Vladimir Putin. O presidente francês, François Hollande, também a convidou mais de uma vez para uma visita oficial.
Em junho passado, ao receber o rei Juan Carlos, da Espanha, Dilma prometeu aparecer em novembro na Cúpula dos Países Ibero-Americanos, em Cádiz. Nada garante que ela mantenha a promessa, mas pode ser o ponto de partida para uma viagem que inclua mais países europeus.
(Com Agência Estado)

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