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sexta-feira, 20 de julho de 2012

TAM teve 10% de atrasos em maio, diz Procon; Gol, 6%


TAM e Gol, as duas maiores companhias aéreas do país, tiveram juntas 8% de voos atrasados ao menos meia hora em maio, segundo levantamento inédito do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo divulgado ontem (18).
Na TAM, passageiros enfrentaram atrasos em 10% das partidas; na Gol, 6%. Somadas, elas tiveram 3.901 voos atrasados, de um total de 48.243.
A Passaredo, que opera principalmente rotas regionais, lidera em atrasos: 32%.
Considerando apenas os voos domésticos, a Avianca foi a empresa com maior índice de cancelamentos: 13%.
Nos voos internacionais, a Gol tem o maior percentual de cancelamentos (8%); a Avianca lidera os atrasos (23%).
A lista foi elaborada pela Diretoria de Estudos e Pesquisas do Procon, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, com informações divulgadas em maio pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No período, um em cada dez voos no Brasil atrasou.
Desde 4 de junho, todas as empresas foram obrigadas a enviar à Anac, além de publicar em seus sites, cancelamentos e atrasos. Para o Procon, porém, os dados não estão exibidos de forma que facilite a identificação de empresas e rotas com mais problemas.
O órgão diz que isso é importante para que o consumidor possa exercer seu direito de escolha e defende que também seja apresentada a justificativa das companhias.
A rota mais cancelada em maio foi a de Fortaleza-Manaus, da Gol, com 97% dos voos -de 31 previstos, só um partiu. Já nos atrasos acima de uma hora, em rotas com mais de 30 voos, a campeã foi a Rio-Recife, da Avianca, com 63%.
Editoria de Arte/Folhapress
OUTRO LADO
As empresas aéreas atribuem os atrasos e cancelamentos ocorridos em maio a problemas operacionais ou a fatores meteorológicos.
Tarcísio Gargioni, vice-presidente comercial da Avianca, diz que em maio ocorreu uma "infeliz coincidência de vários fatores que se somaram". Além de 4 das 26 aeronaves da empresa não estarem disponíveis, obras no aeroporto do Bogotá (Colômbia) e uma greve de controladores colombianos prejudicaram a companhia. O executivo afirma que os cancelamentos ocorreram de forma planejada, o que diminuiu os impactos aos passageiros.
A Gol disse que seus cancelamentos também foram planejados e que todos os clientes foram acomodados a tempo em outras aeronaves. Disse ainda que algumas informações de cancelamentos não foram atualizadas no site da Anac. Sobre os atrasos, a empresa disse que o motivo principal foi a condição climática de maio, como a ocorrência de nevoeiros em diversos aeroportos, que prejudicaram as operações da malha integrada da companhia.
Em nota, a TAM informou que monitora constantemente os índices de regularidade. "Vale ressaltar que o setor de aviação está sujeito às condições meteorológicas, aeroportuárias e de tráfego aéreo, que podem interferir nos índices de pontualidade e cancelamento de voos, mas atuamos fortemente nos fatores gerenciáveis de forma a alcançar bons níveis de eficiência."
A Passaredo, também em nota, afirmou que "não medirá esforços para eliminar o desconforto causado aos clientes em relação aos atrasos". A empresa informou ainda que iniciou em junho um processo de reestruturação de sua malha para "oferecer pontualidade satisfatória" e que problemas meteorológicos nas suas principais bases de operações (Ribeirão Preto e São Paulo) prejudicaram as operações. (ANDRÉ MONTEIRO)

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