Apresentaram-se ao ministro Amorim o comandante do batalhão brasileiro (Brabatt) I, coronel Francisco Mamede de Brito Filho, o comandante do Brabatt II, coronel Paulo Cesar Leal, o comandante da Companhia de Engenharia, tenente-coronel Antônio Carlos Limeira Dutra, e o comandante do Grupamento de Fuzileiros Navais, capitão-de-fragata Luiz Octávio Gavião. No total, 32 oficiais comporão o 16° contingente que embarcará em fevereiro para o Haiti.
Desde o dia 30, os novos comandantes estão em Brasília, onde participam de um estágio no Ministério da Defesa. O objetivo do aprendizado é fazer com que eles se atualizem sobre temas relacionados ao país caribenho e tomem conhecimento das tarefas a serem cumpridas no local.
O contingente militar brasileiro que serve em Porto Príncipe, capital haitiana, é integralmente substituído a cada seis meses. Para que um militar participe da Minustah é necessário cumprir um rigoroso processo de preparação, que envolve testes físicos, médicos e psicológicos, além da análise da ficha disciplinar. Uma vez aprovado, ele é treinado para enfrentar as situações que poderá encontrar no decorrer da missão.
Em 2010, o Haiti atravessou um dos piores momentos de sua história. Um terremoto matou mais de 250 mil pessoas, entre eles 18 militares brasileiros, e deixou um saldo de quase 1,5 milhão de desabrigados. Em seguida, houve uma epidemia de cólera, que tornou ainda mais dramática a situação dos haitianos. Também contribuiu para devastar o país um ciclone extratropical, que provocou enchentes, e o furacão Thomas, que causou também deslizamentos de terra.
Os militares brasileiros que participam da Minustah se dividem entre o Brabatt I e II, uma companhia de engenharia (Braengcoy), um grupamento de fuzileiros navais e um pelotão da Aeronáutica.
As tarefas desempenhadas pela tropa brasileira decorrem da Resolução nº 1524/2004, do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece o Mandato da Missão. Entre os principais trabalhos estão o de prover segurança de pontos sensíveis, proporcionar segurança ao longo das rodovias, deter grupos armados e proteger o acesso à infraestrutura humanitária. A missão também realiza operações militares em apoio ao desarmamento, em conjunto com a Polícia Nacional Haitiana (PNH) e com a Polícia Civil Internacional.
Existem ainda as tarefas desempenhadas pela Companhia de Engenharia Força de Paz (BRAENGOY), que atua no abastecimento de água, opera geradores de energia elétrica, faz reparos em edificações existentes e promove a estocagem de material bélico explosivo, entre outras.
Antes do terremoto, havia cerca de 1.260 brasileiros no Haiti, dos quais 250 engenheiros do Exército. Até 2008, o limite da missão era de 1.200 homens, sendo 150 engenheiros. Em 2009, a pedido da ONU, o Congresso brasileiro autorizou o envio de mais 100 engenheiros, elevando o limite total para 1.300 homens. Atualmente, o Brasil tem em solo haitiano 2.166 militares.
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