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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ciberterrorismo passa a mirar tablets e celulares

Os mais de 30 milhões de smartphones vendidos mensalmente no mundo não negam o apelo da conveniência do acesso à internet na palma da mão, do acesso a entretenimento até o uso de sistemas corporativos.

A preocupação com a segurança dos dados trafegados nesses equipamentos, no entanto, não cresce na mesma proporção.

Segundo Todd Gebhart, co-presidente da empresa de segurança McAfee, a maioria dos usuários ainda não entendeu os riscos que um simples aparelho conectado à internet pode trazer.

Para Gebhart, os desafios atuais da indústria são semelhantes aos vividos décadas atrás, quando as empresas precisavam educar sobre as ameaças aos PCs.

Em entrevista à Folha, Gebhart falou sobre a era do ciberterrorismo móvel.

Ataques globais

Ainda não vivemos uma guerra cibernética, mas o ciberterrorismo já é uma realidade. Ataques de governos contra governos, de empresas contra empresas já acontecem e a massificação dos dispositivos móveis tende a inaugurar nova frente de ataques.

Celulares e tablets

Quem mudou as regras do jogo em segurança foi a Apple, com o iPhone, primeiro aparelho que permitiu acesso às informações fora da rede da operadora.

A conexão Wi-Fi contribuiu com a possibilidade de invasão em massa de aparelhos e sistemas abertos como o Android, o que tende a favorecer as ameaças a smartphones e também tablets.

Outros vetores de ameaças virtuais também são os aparelhos conectados como consoles de videogame e até a TV.

Internet das coisas

As ameaças vão aumentar na era da "internet das coisas". Cada vez mais automóveis, eletrodomésticos, TVs e medidores de energia serão conectados.

À medida que isso acontece, também crescem os problemas de segurança.

Prevenção

As pessoas querem aproveitar a liberdade de acesso. Muitas delas, porém, ainda não compreenderam a necessidade de proteção. Espero que não seja necessário o aprendizado por meio de lições dolorosas, mas é possível que algo maior aconteça para aumentar a visibilidade das ameaças.

Uso seguro

Os crimes que ocorrem hoje na web não são diferentes do que já acontece há anos no mundo, com a diferença que se dão no meio eletrônico. Não deixamos o nosso talão de cheques à mostra. O mesmo não deve se repetir com as informações digitais.

Consumidor consciente

A indústria da segurança da informação passou anos educando o consumidor sobre riscos e as precauções necessários para os computadores. Vivemos agora o mesmo cenário para outros elementos da vida digital. A indústria tem como desafio mostrar a necessidade de segurança sem gerar medo excessivo.

Ataques corporativos

Os recentes episódios de roubo de dados não indicam necessariamente que as companhias não estão prestando atenção às ameaças de segurança. Elas estão em diferentes níveis de proteção e estão aprendendo a lidar com ameaças de diferentes fontes.

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