BRASÍLIA - Documento da Infraero, estatal que controla os aeroportos do País, prevê intervalo de apenas seis meses entre o início da elaboração do projeto, recém-licitado, e o início das obras do terceiro terminal de passageiros do aeroporto internacional de Guarulhos.
Essa é a obra mais cara do pacote destinado às cidades-sede da Copa, e seu cronograma – difícil de ser cumprido - dá uma ideia dos riscos de os investimentos de R$ 5 bilhões programados pelo governo até 2014 não ficarem prontos a tempo.No intervalo de seis meses previsto no cronograma do aeroporto de Cumbica, os projetos terão de ser detalhados e uma nova licitação precisará ser feita para a obra bilionária. Dos 13 aeroportos que passarão por obras em 12 cidades-sede até a Copa, são quatro os que nem sequer contam com projetos até agora, mostra documento da Infraero a que o Estado teve acesso.
Um número ainda maior de aeroportos do pacote (sete) têm o início das obras programado entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2012, a pouco mais de um ano da Copa das Confederações, torneio que antecede a Copa.
O único aeroporto que já tem obras iniciadas é o Galeão, no Rio de Janeiro, mas já com atraso registrado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).
Entre os aeroportos que receberão investimentos por causa da Copa, o novo aeroporto de Natal, São Gonçalo do Amarante, enfrenta situação particular. Por ora, a obra da pista avança sem definição de quem vai construir e operar o terminal de passageiros para o embarque e o desembarque dos voos. O aeroporto será objeto de concessão à iniciativa privada – a primeira do país –, cujo modelo ainda passa por definição no governo.
Há duas semanas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, apontou os aeroportos como o principal obstáculo à infraestrutura do próximo mundial. "Os três grandes problemas que temos para a Copa são aeroporto em primeiro, aeroporto em segundo e aeroporto em terceiro".
O presidente Lula reagiu e chamou de "descabida" a preocupação com os preparativos da Copa. Documentos da Infraero mostram, porém, que há motivos para a inquietação.
Questionada, a estatal respondeu, por meio da assessoria, que "se empenha" em realizar os trabalhos previstos em seu plano de investimentos. Sobre a obra em Cumbica, a Infraero informou que pode começar a construção do terceiro terminal sem que o projeto esteja completamente concluído, porque a obra tem mais de uma fase. O cronograma prevê o início das obras em janeiro do ano que vem.
Minha lista de blogs
PÁTRIA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário