O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, presenciou hoje uma simulação de operação de defesa da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que engloba as usinas nucleares Angra 1, 2, e 3. A simulação foi realizada durante a operação "Atlântico II", que reúne Marinha, Exército e Força Aérea e vai até o dia 30 de julho. Durante os exercícios, o ministro citou algumas vulnerabilidades e destacou a importância de investimentos nas forças armadas.
Durante a ação, três equipes apresentaram suas principais técnicas: 1º Grupo de Artilharia Antiaérea; 1º Companhia de Guerra Eletrônica; e Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Exército Brasileiro. Na ação, foram apresentadas as respectivas armas de defesa, como tanques, canhões, e sistemas de monitoramento de radioatividade.
- Queremos identificar a vulnerabilidade das nossas operações de defesa. Buscar os problemas nas estruturas e tentar supri-las. Na operação vamos analisar a doutrina e a logística de cada grupo e ação, assim poderemos levantar todas as hipóteses no caso da necessidade de uma operação de defesa - explicou o ministro Jobim.
O ministro ressaltou ainda, que ao final da operação, um relatório será produzido para apontar os principais problemas encontrados nos exercícios de defesa da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Nelson Jobim afirmou que, até o momento, foram encontrados alguns problemas em relação à Defesa Antiaérea.
- Algumas das vulnerabilidades já estão sob análise, como por exemplo, a capacidade dos canhões. Hoje nós temos um canhão que, dependendo do espaço e do tempo, atinge de 5 a 7 Km de distância, o que não atende mais às nossas necessidades. E por isso há a importância de realizar investimentos no setor de defesa do nosso país - afirmou Nelson.
A Operação
Em uma operação conjunta ("Atlântico II"), a Marinha, o Exército e a Força Aérea promovem até o dia 30 de julho de 2010, exercícios de defesa em toda a "Amazônia Azul" e nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, além dos Arquipélagos Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. O objetivo principal da operação é o treinamento das Forças Armadas para a defesa dos interesses do País.
A Operação "Atlântico II" é o resultado de um complexo planejamento realizado por um Estado-Maior Conjunto, composto por oficiais e praças das três Forças Armadas, que visa, fundamentalmente, a preparação para a defesa dos recursos do mar e das infraestruturas de alto valor estratégico do Brasil.
Dois cenários de ameaça foram elaborados, o primeiro, relacionado aos recursos petrolíferos, se desenvolverá nas áreas das Bacias de Campos, Espírito Santo e Santos, e da infra-estrutura de petróleo e gás da região sudeste. O segundo, relacionado à pesca, se desenvolverá junto aos Arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Nesse sentido, a Operação abrangerá uma amplitude geográfica e simultaneidade de ações, inerente à defesa dos ricos recursos brasileiros ao longo da costa, bem como da região Sudeste, de extrema importância econômica para o Brasil. Cerca de 10.000 militares estão envolvidos em atividades operacionais, de apoio à população e na simulação de combate, e meios da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
Além das atividades essencialmente militares, estão sendo realizadas Ações Cívico-Sociais (ACISO) em diversos municípios, visando integrar e assistir segmentos da sociedade residentes na região onde o exercício será realizado.
Nas atividades são realizados atendimentos médicos e odontológicos e aulas de primeiros socorros e higiene. No último final de semana, a ação foi realizada no bairro Frade, em Angra dos Reis.
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