A juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da 5ª Vara Criminal da capital, aceitou, nesta quinta-feira (28), a denúncia formulada pelo promotor de Justiça José Carlos Blat contra seis pessoas, quatro delas dirigentes e ex-dirigentes da Cooperativa Bancoop, acusadas de desvios de recursos no total aproximado de R$ 70 milhões e prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões a cooperados que não receberam suas unidades habitacionais.Tornaram-se réus na ação o tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, e Ana Maria Érnica, diretora-financeira da cooperativa, além de um ex-diretor administrativo-financeiro, uma advogada e duas sócias de empresas ligadas à cooperativa.
Os réus são acusados dos crime de formação de quadrilha ou bando, estelionatos e tentativas de estelionato, falsidade ideológica e crime de lavagem de dinheiro. A juíza também decretou, a pedido do MP, a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Vaccari Neto e de Ana Maria Érnica, mas indeferiu o pedido de bloqueio de bens dos dois e de um terceiro réu.
Advogado de João Vacari e de Ana Maria Érnica, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirmou que vai pedir a improcedência de todas as acusações sobre seus clientes e recorrer contra a quebra de sigilo de Vaccari.
"Essa denúncia é uma excrescência, um absurdo", afirmou, reclamando por seu cliente não ter sido ouvido durante a fase de investigação, o que para ele fere princípios basilares da democarcia.
De acordo com o advogado, entretanto, o recebimento da denúncia não é antecipação do juízo de culpa dos réus, mas oportunidade para a defesa se manifestar.
O advogado ironizou o fato de até réus falecidos terem sido citados. "Em décadas de experiência, confesso que nunca vi algo assim."
Vaccari Neto, Érica e um terceiro réu foram denunciados por formação de quadrilha, estelionato consumado (1.133 vezes), estelionato tentado (2.362 vezes), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Uma advogada foi denunciada por formação de quadrilha, estelionato consumado (1.133 vezes), estelionato tentado (2.362 vezes) e falsidade ideológica. Duas sócias foram denunciadas por formação de quadrilha.
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