Uma rebelião de policiais levou o caos ao Equador durante todo o dia de ontem. O presidente, Rafael Correa, ficou isolado em um hospital por quase 12 horas e só foi liberado no início da madrugada de hoje. Para levá-lo de volta ao palácio presidencial, o Exército do Equador e policiais rebelados entraram em confronto e houve troca de tiros.
O policial Froilán Jiménez, do GOE (Grupo de Operações Especiais), que apoiava o governo, morreu no conflito e outros 27 soldados ficaram feridos. De acordo com o governo, um civil também morreu e outros 50 ficaram feridos.
Em discurso após ser resgatado, Correa afirmou que fará uma "limpeza profunda na Polícia Nacional" e que "não haverá perdão, nem esquecimentos".
Segundo a agência Frace Presse, o comandante da polícia do Equador, general Freddy Martínez, renunciou ao cargo na madrugada de hoje, a renúncia, porém, ainda não foi confirmada oficialmente. Em seu discurso, Correa agradeceu ao GOE e afirmou que se não fosse por eles teria sido assassinado por uma "horda de selvagens", referindo-se aos policiais rebelados que permaneciam do lado de fora do hospital e tentavam entrar. O representante do Ministério Público, Washington Pesantez, afirmou ao jornal "El País" que irá investigar "a conspiração de fora da sede do governo" que levou à revolta.
"Não era uma reivindicação de salário legítimo, mas um exemplo claro de formação de quadrilha", disse Correa, em uma entrevista coletiva. Correa acusou o ex-presidente Lucio Gutierrez de estar por trás da conspiração que levou ao levante.
Gutierrez negou qualquer participação. "Minhas primeiras palavras são para rejeitar as covardes, falsas e temerárias acusações do presidente Correa", disse Gutiérrez, que está no Brasil e foi convocado pela Procuradoria por sua "suposta tentativa de assassinato contra Correa".
"A irresponsabilidade de Rafael Correa acelerou todo este clima de incerteza no Equador; o único que quer acabar com seu mandato antes da hora é o próprio Correa", disse o ex-presidente.
Durante o dia, houve confronto entre os policiais rebelados e civis que tentavam se aproximar do hospital onde Correa estava preso. De acordo com o governo, um civil morreu e outros 50 ficaram feridos.
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