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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Touché, soldado!

De olho em um bom resultado no Mundial Militar do ano que vem, que será disputado no Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) e as Forças Armadas do Brasil colocaram em prática uma parceria que já trouxe resultados históricos para o país.
Em abril deste ano, o Brasil ganhou duas medalhas inéditas no Campeonato Mundial Militar de Esgrima, disputado em La Guaira (VEN). A equipe de Qorete masculino formada por Fernando Scavasin, João Antônio de Albuquerque e Marcos Cardoso - e o atleta Renzo Agresta, da categoria sabre, levaram bronze na competição.
Das 41 primeiras edições do Mundial Militar entre 1947 e 2009 somente dez brasileiros participaram. Nesta temporada, a delegação brazuca contou com vinte atletas.
-É sempre bom ganhar algo inédito. Nossa equipe já chegou sabendo que tinha chances contou ao LANCE! Fernando, um dos membros da equipe medalhista.
O processo de militarização da esgrima brasileira começou em novembro do ano passado. Incorporados ao exército em caráter provisório, os atletas firmaram contratos com duração de um ano, que exigem a disputa de uma competição militar por temporada.
Graças aos bons resultados alcançados na Venezuela, os atletas devem ter o vínculo renovado até novembro de 2011. Com isso, somam a disputa do Mundial Militar do Rio de Janeiro aos principais compromissos da temporada.
Os membros da Seleção, no entanto, gostariam que a parceria continuasse depois do torneio.
- Se surgir essa oportunidade e o exército tiver interesse, porque não Um bom resultado no Mundial pode ajudar disse Marcos Cardoso, também ao LANCE!.
De acordo com Ricardo Machado, vice-presidente da CBE, o apoio do exército é importante principalmente na internacionalização dos atletas. Em entrevista ao LANCE!, o dirigente comemorou a possibilidade de enviar mais atletas para mais torneios no exterior.
- No início do ano, fomos para um camping de treinamento na Itália. Nós custeamos a viagem dos atletas civis, e o exército bancou os militares contou Ricardo.

Renzo Agresta
MEDALHISTA NO MUNDIAL, AO L!

1 - Você é a favor da militarização da Seleção Brasileira?
Sim. Na Europa, as principais potências fazem. Beneficia ambas as partes. Os atletas ganham em estrutura e o exército tem a imagem divulgada.

2 - Você acha que a parceria deve continuar após 2011?
Eu sou a favor, continuaria com muito prazer.

3 - Um bom resultado da equipe no Rio de Janeiro pode ajudar na renovação do vínculo?
Sem dúvidas. O esporte é movido por resultados. Além disso, acredito que exista um objetivo maior, que é a divulgação da imagem do exército.

4 - Você tem alguma prioridade para o ano que vem, entre os Jogos Pan-Americanos e o Mundial Militar do Rio de Janeiro?
Não tenho. Ambas são competições importantes. Vai ser uma temporada puxada, já que vai começar a classificação olímpica, e vamos ter os dois campeonatos. Nesse segundo semestre, vou tentar ganhar uma base física importante para chegar no ano que vem com pique.

5 - A classificação para Londres 2012 é possível?
Sim. Participei das duas últimas Olimpíadas. Tenho crescido em resultados. Medalhei no Mundial Militar e fui ouro no Sul-americano de Medellín.

Após medalhas, 2011 em pauta
O Depois do bom resultado obtido na Venezuela, os esgrimistas da Seleção reservaram o segundo semestre para construir uma base física para 2011, que será um ano bem agitado.
As duas principais competições do ano serão disputadas em um curto intervalo de tempo. Os Jogos Mundiais Militares serão disputados em julho de 2011, enquanto o Pan de Guadalajara acontece em outubro.
Além disso, começam no ano que vem os eventos classificatórios para a Olimpíada de Londres-2012. Garantem vaga, por categoria, os oito primeiros do ranking mundial, os dois primeiros de cada continente que estiverem fora da lista e, dos remanescentes, o campeão do torneio pré-olímpico de cada continente.

Com a palavra
Alexandre Teixeira
TÉCNICO DO TIME MEDALHISTA

Principais atletas lutam pelo Exército
A gente tem dificuldade de profissionalizar o atleta. Ele tem de trabalhar, de estudar, e aí sobra pouco tempo para treinar. Os melhores resultados a gente viu quando o atleta pôde se dedicar exclusivamente ao esporte. A militarização veio em ótima hora. Acho até que veio tarde, na realidade, porque em outros países, os atletas que são destaques internacionalmente são vinculados ao exército.

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