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quinta-feira, 10 de março de 2011

Jornalista brasileiro é libertado na Líbia, diz jornal

O jornalista brasileiro Andrei Netto, do "Estado de S. Paulo", foi libertado nesta quinta-feira na Líbia, segundo informações repassadas ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pelo embaixador da Líbia no Brasil, Salem Omar Abdullah Al Zubaidi. Segundo Suplicy, o brasileiro vai deixar o país nesta sexta-feira, mas já encontra-se em liberdade.
O jornal "O Estado de S. Paulo" havia perdido contato há uma semana com o jornalista, que estava no oeste do país cobrindo os conflitos. O jornal informou que, até domingo, recebia informações indiretas de que o repórter estava bem, escondido na região de Zawiya, sem poder se comunicar com o jornal por razões de segurança. Nesta quarta-feira, o "Estado" recebeu indicações de que Netto tinha sido preso por tropas do governo perto de Zawiya.
"O que o embaixador me disse é que ele [Netto] e o jornalista do "The Guardian", Ghaith Abdul, foram presos porque entraram na Líbia sem o devido visto para trabalharem como jornalistas. Ele [Netto] prefere não ficar na Líbia e sairá do país amanhã", disse o senador.
Suplicy afirmou que o embaixador não forneceu detalhes sobre o estado de saúde de Netto, mas disse acreditar que o brasileiro esteja bem. "Acho que ele está bem, já está livre e resolveu sair da Líbia."
O senador havia falado mais cedo com o embaixador, que havia anunciado que a libertação do jornalista brasileiro ocorreria ainda hoje. A Comissão de Direitos Humanos do Senado enviou ofício à Embaixada da Líbia no Brasil em protesto contra a prisão do jornalista.
Os senadores também encaminharam moção de apoio ao governo de São Paulo com manifestações de indignação pelo ocorrido.
OUTROS JORNALISTAS
Netto viajava com Abdul-Ahad, repórter de cidadania iraquiana do "Guardian", que nesta quinta-feira confirmou que está tentado localizar o correspondente.
A publicação disse, em sua página na internet, que o repórter --que trabalha no jornal britânico desde 2004 e já foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão-- não entra em contato com o jornal desde domingo. Os dois jornalistas estavam nos arredores de Zawiyah, uma cidade controlada por rebeldes a aproximadamente 50 quilômetros a oeste da capital Trípoli e local de violentos confrontos nos últimos dias entre insurgentes e forças leais a Muammar Gaddafi.
"O Guardian está em contato com autoridades do governo líbio em Trípoli e em Londres e pediu a eles que preste urgentemente toda a assistência na busca de Abdul-Ahad e determine se ele está detido pelas autoridades", disse o jornal.
Na quarta-feira, a BBC disse que uma de suas equipes foi detida pelas forças de segurança da Líbia, agredida e sujeita a uma falsa execução depois que seus membros foram detidos em um posto de controle no caminho à Zawiya.
Os três integrantes da equipe foram acusados de espionagem e suas vidas foram ameaçadas durante 21 horas enquanto eram mantidos por soldados e a polícia secreta leais ao líder líbio, segundo o jornal.
O governo líbio tem restringido o deslocamento de jornalistas estrangeiros em Trípoli e determinou que devem viajar acompanhados por autoridades.

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