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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Aniversariante, general recebe bolo e saudações de manifestantes na BA


Aniversariante, general recebe bolo e saudações de manifestantes na BA (Foto: Imagens/ TVBA)PMs e familiares entregam bolo ao general (Foto: Reprodução/ Imagens TVBA)

O general Gonçalves Dias, comandante da 6ª região do Exército Brasileiro, e que está à frente da operação na greve dos policiais militares, recebeu um bolo e saudações dos manifestantes que estão do lado de fora da Assembleia Legislativa em comemoração ao seu aniversário, que é nesta terça-feira (7).

Aniversariante, general recebe bolo e saudações de manifestantes na BA (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE)Contente com homenagem, general abraça manifestante (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE)

Por volta das 12h30, ele saiu da área isolada pelo Exército e foi ao encontro dos manifestantes, policiais militares e familiares de PMs, que estão na área externa. O general foi acompanhando de uma patrulha e conversou rapidamente com os integrantes do movimento.

Aniversariante, general recebe bolo e saudações de manifestantes na BA (Foto: Imagens/ TVBA)General fica emocionado com saudações de manifestantes (Foto: Imagens/ TVBA)

"Não vamos entrar em confronto, por favor, no meu aniversário não... Vocês sabem que até agora nós trabalhamos muito bem. Vocês foram atendidos, pelo que eu sei, em bastantes reivindicações. Porra, é meu aniversário cara!", brincou o general ao abraçar um dos manifestantes.

Entrega de alimentos
Militares que atuam no cerco à Assembleia Legislativa autorizaram a entrada de alimentos e material de higiene no local na manhã desta terça-feira. A liberação por parte da Comissão de Negociação ocorreu "para atender às necessidades de quatro crianças que estão dentro do prédio", segundo um comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação do Estado.

Segundo o tenente-coronel Márcio Cunha, chefe de comunicação do Exército, foi feito o pedido de liberação em nome das quatro crianças, mas ele alegou não saber se há apenas quatro crianças no local, ou se o número é maior. Ele também alegou não ter detalhes a respeito do material que foi entregue aos grevistas.

"Houve um avanço nas negociações com os manifestantes. Os mantimentos estão sendo entregues sem revista como um voto de confiança aos grevistas, que mantêm um clima de tranquilidade desde a madrugada desta terça-feira. O material está sendo jogado para a área onde eles estão e também estão sendo entregues por familiares e militares que estão do lado de fora", afirmou.

Greve PM-BA (Foto: Editoria de Arte/G1)

Desde as 21 horas de segunda-feira (6), nove adultos e sete crianças deixaram espontaneamente a Assembleia Legislativa, segundo Cunha. "Elas pediram pra sair, nós
verificamos a situação de cada um, se havia pendências com a Justiça, e como não havia mandados, nem nada desse tipo, liberamos", disse, em comunicado. Doze mandados de prisão foram expedidos pela Justiça da Bahia contra policiais miliatares considerados líderes do movimento. Um deles foi preso.

O chefe de comunicação do Exército informou ao G1 que a madrugada desta terça-feira foi tranquila na Assembleia Legislativa. Segundo ele, não houve confrontos. Nesta manhã, o que se viu também foi um ambiente sem muitas movimentações, apenas troca de turno dos policiais que estão no local. "Estamos aqui para criar condições favoráveis ao fim da greve", disse.

As vias de acesso ao Centro Administrativo da Bahia, onde funciona a Assembleia, foram liberadas para funcionários dos órgãos públicos que têm sede no local. A entrada deles havia sido bloqueada por conta do risco à segurança em decorrência de confrontos armados entre manifestantes e tropas especiais que patrulham a área.

A segurança em torno da Assembleia Legislativa conta com 150 homens do Exército, 220 policiais militares que não aderiram à greve e 20 homens da Força Nacional. Na manhã desta terça-feira, diversas viaturas de grupos especializados da PM chegaram ao local para dar reforço às equipes. Não há informações oficiais, segundo o Exército, sobre o número de policiais militares grevistas que mantêm a ocupação no órgão público.

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