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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Rio reprime greve, endurece regras e prende 59 policiais

O comando da PM considera que a situação nas ruas está normalizada em todo o Estado

Do Portal Terra

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O governo do Rio de Janeiro decidiu endurecer o combate à greve de policiais e bombeiros, deflagrada a partir desta sexta-feira (10). O comando da PM vem realizando prisões desde o início da manhã de militares que estão aderindo ao movimento, e se recusando a ir às ruas. Pelo menos 59 policiais foram presos e outros 100 foram indiciados por crime militar ou transgressão disciplinar de natureza grave.

Segundo o chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, nove dos 11 policiais considerados líderes do movimento, que tiveram mandados de prisão expedidos pela Auditoria de Justiça Militar, estão entre os presos.

A ação da PM se baseia em novas regras publicadas hoje na edição extraordinária do Diário Oficial do Estado. Nelas, está prevista a redução dos prazos para o julgamentos de policiais que tenham cometido infrações graves. O decreto determina que os conselhos de disciplina da PM e do Corpo de Bombeiros poderão concluir os trabalhos em 15 dias, metade do tempo previsto anteriormente. Em vez de 20 dias, a decisão sobre a expulsão poderá ser feita em até cinco dias.

O comando da PM considera que a situação nas ruas está normalizada em todo o Estado. A maior adesão à greve foi verificada no interior, especialmente nas cidades de Campos dos Goytacazes, Itaperuna e Volta Redonda. Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque foram mandados para lá para suprir a ausência daqueles que abraçaram a greve.

Sem informar o total da tropa que está nas ruas, a PM classifica como tranquila a situação nas ruas da capital. Tanto que, por ora, a convocação de homens do Exército e da Força Nacional de Segurança está descartada. Ainda assim, 14,3 mil homens estão de prontidão.

O Corpo de Bombeiros também avalia que não há qualquer problema no atendimento à população. O comando da tropa considera que a adesão à greve foi pequena, e também descarta, neste momento, chamar reforços de fora da corporação.

Nas ruas do Rio, a situação é tranquila. No centro da cidade, o movimento nas ruas segue intenso, e nenhuma ocorrência relevante foi registrada.

PMs se entregam no Quartel General

Após concederem entrevista coletiva na manhã desta sexta, os líderes do movimento grevista saíram em caminhada até o Quartel General para se entregar voluntariamente.

O cabo João Carlos Gurgel e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Carlos Gadelha, lideraram o ato até o quartel. Eles foram acompanhados pelo policial civil Francisco Chao e pelo major Hélio de Oliveira, do sindicato de oficiais inativos da PM. Logo depois, Chao anunciou que só ficaram detidos no quartel o cabo Gurgel e o major Hélio de Oliveira.

A greve no Rio

Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.

2 comentários:

  1. O GOVERNO DILMA USA ATÉ A ABIN PARA REPRIMIR O MOVIMENTO DOS PMS E BMS, É COMO EU FALEI ANTES, DURANTE ESSE GOVERNO, PRINCIPALMENTE OS POLICIAIS MILITARES SERIAM PERSEGUIDOS

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  2. ENQUANTO ISSO UM DEPUTADO DO AMAPÁ (QUE MAIS DE 90% É FLORESTA) CUSTA AOS COFRES PUBLICOS MAIS DE UM MILHÃO POR ANO. ISSO PRA NAO FAZER NADAAAAAAA

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