Até o momento, 188 militares já foram presos ou detidos no Rio: 17 PMs e 171 bombeiros
POR GABRIELA MOREIRA
Rio - No segundo dia da greve decretada pelo Corpo de Bombeiros e polícias Militar e Civil, esta última decidiu suspender sua participação no movimento. O Governo do Rio continuou o processo de punição aos grevistas militares, que já somam 188 presos ou detidos, sendo 171 bombeiros e 17 PMs, desde sexta-feira.
Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
A decisão do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) causou mal-estar entre militares, principalmente após Francisco Chao, diretor da entidade, acusar PMs e bombeiros de não aderirem à greve, mostrando que o movimento agora enfrenta um racha. A alegação para a suspensão foi a de que a cidade estaria vulnerável a atos de violência. A Secretaria de Segurança negou.
A saída do movimento não foi acompanhada pela PM e bombeiros, cujos representantes grevistas marcaram encontro para às 10h de hoje, na Praia de Copacabana, quando decidirão a continuidade da paralisação. “Estamos suspendendo a greve para discutir em assembleia, quarta”, disse Chao.
Entre as reivindicações dos grevistas está a soltura do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso em Bangu 1, por incitamento a motim. Até a noite de ontem, um PM ainda estava foragido.
Números caem 69% no estado
Segundo dados do Sindicato dos Policiais Civis, a adesão à greve baixou em 69% o volume de registros feitos nas delegacias do estado do Rio de Janeiro, comparando o dia em que a greve foi decretada , sexta-feira passada (1.052), com a sexta-feira anterior (3.445), quando não havia paralisação.
Ontem, vítimas de roubo ou furto de delegacias das zonas Norte e Sul, como a 15ª DP (Gávea), só registravam crimes com grave violência. O cartaz informando sobre a paralisação, que havia sido fixado na porta, sexta-feira passada, foi retirado.
Madrugada com PM nas ruas
Durante a última madrugada, a percepção é de que o policiamento por parte da PM era normal. Na orla de Copacabana, assim como em outros bairros da Zona Sul e na Lapa, o policiamento foi ostensivo.
Restaurantes, bares, quiosques e boates apresentavam grande movimento de cariocas e turistas. No Centro, houve policiamento nas imediações do Terreirão do Samba e do Sambódromo, onde eram realizados ensaios técnicos.
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