Dos aeroportos concedidos nesta segunda, Viracopos deve sofrer as maiores transformações
Do Portal Terra
O representante do consórcio vencedor da licitação para operar o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), afirmou nesta segunda-feira que seu principal objetivo é terminar o terceiro terminal de passageiros do local. Além de Guarulhos, o governo federal concedeu nesta segunda a operação dos aeroportos de Viracopos, em Campinas (SP), e de Brasília (DF). "Para a Copa (do Mundo de 2014), vamos começar pelo terminal de passageiros. Nosso objetivo principal é o terminal de passageiros 3", disse Gustavo Rocha, representante do consórcio composto por Invepar, OAS e a sul-africana ACSA.
Dos aeroportos concedidos nesta segunda, Viracopos deve sofrer as maiores transformações. Segundo estudos da Secretaria de Aviação Civil, ele deverá se tornar o maior aeroporto do País com o novo modelo de concessão. "Viracopos é um projeto de longo prazo. Pode alcançar 90 milhões de passageiros com quatro pistas", disse Wagner Bittencourt, ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil.
De acordo com o representante do consórcio vencedor para explorar Viracopos, haverá ampliação do terminal de passageiros, mas não há avaliação para obras para atender a demanda gerada pela Copa de 2014. Bittencourt ainda afirmou que não há previsão de aumento de tarifas para o usuário.
O leilão
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou nesta segunda-feira um leilão para transferir ao setor privado a exploração de três terminais aéreos internacionais: o de Cumbica, em Guarulhos, o de Viracopos, em Campinas e o Juscelino Kubitschek, em Brasília. O aeroporto de Brasília foi o que teve o maior valor acima da oferta mínima exigida pelo governo. O consórcio Inframerica Aeroportos levou a concessão na capital federal com a oferta de R$ 4,5 bilhões, ante preço mínimo de R$ 582 milhões - um ágio de 673%.
O consórcio formado por Invepar, OAS e a sul-africana ACSA, apresentou a melhor oferta econômica pela concessão do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), no valor de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 375% sobre o preço mínimo de R$ 3,4 bilhões. Já o consórcio que inclui a Triunfo Participações e a francesa Egis Airport Operation fez a proposta financeira mais elevada pelo aeroporto de Viracopos (SP), de R$ 3,8 bilhões. O preço mínimo era de R$ 1,47 bilhão - um ágio de 159%. Os três aeroportos respondem, conjuntamente, pela movimentação de 30% dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.
Lucros
As empresas que venceram a disputa pelos aeroportos de Brasília e Campinas esperam taxas nominais de retorno de dois dígitos, segundo o presidente da Engevix, José Antunes Sobrinho, e da Trifunfo, Carlos Butareli, nesta ordem.
A Invepar, que ficou com Guarulhos, diz que está confiante no retorno de seu investimento. Seu presidente, Gustavo Rocha, não revela valores. "A taxa de retorno vai permitir fazer a alavancagem completa do projeto", destacou Sobrinho, da Engevix, em entrevista à imprensa após coletiva do leilão de vendas dos aeroportos.
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