FBI: atirador de templo sikh tinha elos com grupos de supremacia branca

Agente destacou que os investigadores não tinham evidências específicas de que qualquer ato violento estivesse sendo planejado

AFP

Agentes federais acreditam que o suspeito de autoria de um ataque mortal contra frequentadores de um templo sikh no Wisconsin tinha laços com grupos de supremacia branca, afirmou nesta segunda-feira (6) uma investigadora sênior do FBI.

 

A agente especial Teresa Carlson, chefe do escritório de investigações da polícia federal americana em Milwaukee, confirmou que o suspeito Wade Michael Page, de 40 anos, morto durante operação policial, é alvo de uma investigação de "terrorismo doméstico" após o massacre de domingo.

 

"Estamos analisando vínculos com grupos supremacistas brancos", declarou Carlson durante uma coletiva um dia depois do ataque em que

seis pessoas que assistiam a um culto no templo sikh foram mortas a tiros.

 

"Não tínhamos feito uma investigação ativa sobre ele antes de ontem", admitiu a investigadora. "Nenhuma agência das forças da lei tinha qualquer razão para acreditar que ele estivesse planejando algo", argumentou.

 

"Estamos trabalhando nisto como um possível caso de terrorismo doméstico", acrescentou. "A definição de terrorismo doméstico é o uso de violência para ganhos sociais ou políticos. Claramente estamos lidando com algo assim", emendou.

 

Carlson disse que o FBI sempre esteve alerta para a ocorrência de ataques após episódios violentos, como o massacre de Colorado, em 20 de julho, mas destacou que os investigadores não tinham evidências específicas de que qualquer ato violento estivesse sendo planejado.