Representantes das categorias em greve recusaram reajuste de 15,8% fatiado em três parcelas e saíram da reunião no Ministério do Planejamento dispostos ampliar protestos
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça, reúne-se com servidores federais em greve
(Dida Sampaio/Agência Estado)
"Se o governo insistir nessa postura intransigente vamos à greve por tempo indeterminado", ameaçou Allan Titonelli Nunes, do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal. Os profissionais da Advocacia da União - que nunca fizeram greve, mas estão promovendo manifestações de protesto - recebem salários entre 14.500 reais, no início de carreira, e 19.500 reais, no topo. Eles querem ser equiparados à magistratura e ao Ministério Público, instituição com remunerações que chegam a 26 mil reais.
A União das Carreiras de Estado (UCE), que congrega 22 sindicatos e mais de 50 mil servidores de áreas estratégicas, foi uma das entidades que rejeitaram a proposta do governo para encerrar as ações de protesto. O movimento prejudica as atividades da Polícia Federal, da Receita e de órgãos de controle e fiscalização.
"A Polícia Federal está sucateada. Cortaram 70% dos recursos de custeio e até atividades rotineiras de investigação estão prejudicadas. Falta dinheiro até para coletes e munição", reclamou o delegado Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo. Apesar de rejeitar o acordo, Portugal é contrário à adesão de delegados à greve.
Para contornar o impasse, o núcleo de gestores do Estado, que também integra a UCE, apresentou ao governo uma contraproposta: 25% de reajuste em três parcelas, sendo 6% em 2013, 8% em 2014 e 10% em 2015. O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, considerou "muito difícil" aceitar a proposta.
(Com Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário