Após ser condenado pelo STF, o deputado federal não irá mais concorrer à Prefeitura de Osasco
Do Portal TerraA avaliação de João Paulo Cunha, juntamente com caciques do PT em São Paulo, foi a de que sua campanha não se sustentaria – nem teria repercussão positiva – caso prosseguisse. Nove dos onze ministros do Supremo condenaram Cunha por irregularidades em contratos de publicidade à época em que o petista era presidente da Câmara dos Deputados.
Diversos aliados já haviam alertado Cunha de que sair candidato não
era um bom negócio no ano em que o Mensalão seria julgado. Como
antecipou Terra Magazine, a maioria deles esperava a renúncia ainda para
quarta (29), mas diziam que a decisão precisaria partir do próprio
deputado, apesar da pressão velada. Nesta quinta-feira (30), João Paulo
participou de diversas reuniões em Osasco com seu núcleo político mais
próximo, dirigentes de sua campanha e também com o atual prefeito da
cidade, Emidio de Souza.
De acordo com dirigentes do PT paulista, a renúncia e a
substituição do candidato teria que ser feita "o mais rápido possível". A
ideia é que o vice de João Paulo Cunha, Jorge Lapas, seja o candidato a
partir de agora. Ele é o nome favorito de Emidio de Souza desde o
início do processo eleitoral.
Condenações
Acusado de lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva, João
Paulo Cunha foi condenado pela maioria dos ministros do STF. Dias
Toffoli e o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, foram os únicos
que absolveram o petista. Durante os últimos dez dias, o deputado estava
afastado da campanha e não comentava sobre o julgamento. Sua
candidatura era apoiada por uma coligação de vinte partidos e, mesmo
assim, ele estava em terceiro lugar nas pesquisas. Com a troca de
candidato a 38 dias da eleição, o PT não acredita que conseguirá vencer o
tucano Celso Giglio e já admite perder a Prefeitura de Osasco,
comandada por Emidio de Souza desde 2005.
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