Manifestação contra aumento das passagens de ônibus nesta quinta-feira tem 9.000 adesões no Facebook. Presidente vai lançar obras do PAC em favelas na sexta-feira
Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Manifestantes e o Batalhão de Choque da PM entram em
confronto em protesto contra o reajuste a tarifa de ônibus no Rio
(Fábio Teixeira/Folhapress)
Com a alteração na agenda, Dilma evita vir ao Rio no dia em que está sendo programada uma grande manifestação contra o aumento das passagens de ônibus. Mais de 9.000 pessoas confirmaram a participação no ato, programado para começar às 17h, na Candelária. Há dois dias, um protesto contra o aumento das passagens transformou as principais ruas do Centro do Rio em uma praça de guerra.
A assessoria do Palácio do Planalto não confirma que a troca ocorreu devido à manifestação, e informa que outros dois eventos que teriam a participação da presidente foram adiados para a sexta-feira. Às 10h, Dilma estará na Rocinha, onde anunciará investimentos de 2,66 bilhões de reais, do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), que incluem obras naquela favela, no Complexo do Lins e no Jacarezinho. Às 14h30, assinará o repasse de 500 milhões de reais para o desenvolvimento do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca – o transporte ligará a região portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont.
Rocinha – A favela da Rocinha receberá 1,6 bilhão de reais, investidos na construção de um teleférico e de uma creche, além de obras de infraestrutura que incluem a abertura de ruas, saneamento e construção de moradias para pessoas que moram em áreas de risco. Segundo Mirian Gleitzmann, da Empresa de Obras Públicas do Estado, 2.000 famílias terão que sair de suas casas – uma parte deixará áreas de risco e a outra terá as casas desapropriadas para as obras.
A favela do Jacarezinho, na Zona Norte da cidade, receberá 609 milhões de reais em obras. Já o Complexo do Lins, 446 milhões de reais. Do total de recursos, 1,8 bilhão será pago pela União. O restante será de responsabilidade do estado, mas com financiamento tomado do Governo Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário