Brasília-DF: Luiz Carlos Azedo
O governo brasileiro resolveu
concluir a concorrência pela fabricação do satélite geoestacionário de
defesa e comunicações brasileiro, a cargo da Telebrás e da Embraer
(consórcio Visiona), e reduziu de sete para três as empresas
concorrentes. A execução do projeto foi incluída no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) e escapou dos cortes no Orçamento Geral
da União de 2013.
Norte-americanos, japoneses e um consórcio
franco-italiano disputam o programa espacial brasileiro, que terá um
investimento inicial de R$ 720 milhões. O lançamento do satélite está
previsto para 2014, ano em que a presidente Dilma Rousseff disputará a
reeleição, mas provavelmente ficará para 2015. A escolha da empresa
vencedora deve ocorrer nas próximas semanas.
Ficaram de fora da
disputa as empresas Astrium (francesa); Boeing e Lockheed Martin
(norte-americanas); e Reshtenev (russa). Restaram a Thales Alenia Space
(fraco-italiana), que adquiriu a brasileira Omnisys em São Bernardo do
Campo (SP); a Space Systems Loral (empresa norte-americana adquirida
pelo grupo canadense MDA) e a Melco (japonesa, do grupo Mitsubishi).
Consórcio
A
Omnisys, que já recebeu 120 milhões de euros em investimentos em São
Bernardo, tornou-se importante produtora e exportadora de radares aéreos
(banda L) para América Latina, Europa e Ásia. Faz parte do cluster de
empresas brasileiras que pode desequilibrar a disputa em favor dos
franceses e dos italianos por causa da transferência de tecnologia:
Orbital, Mectron, Fibraforte, Compsis, entre outras.
Vigilância
O
satélite geoestacionário atende à demanda de comunicações de defesa do
governo federal, assim como o Programa Nacional de Banda Larga, que
levará a internet às populações de cerca de 1,2 mil municípios
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