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União reconhece emergência no CE
Ao todo, 175 cidades do Estado enfrentam as consequências da seca, uma das piores dos últimos 50 anos
A
Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu situação de emergência
em 175 municípios cearenses atingidos pela seca. A Portaria nº 68, com a
lista das cidades nessa situação, foi publicada nesta terça-feira (4),
no Diário Oficial da União, e a partir desse reconhecimento, os
municípios poderão pedir ajuda financeira ao governo federal para
enfrentar os prejuízos decorrentes da estiagem.
Com a medida, os municípios podem pedir ao governo federal recursos para amenizar os efeitos FOTO: CID BARBOSA
A
seca que atinge a região do semiárido brasileiro é considerada por
especialistas a mais severa dos últimos 50 anos. Para custear ações de
socorro e assistência às vítimas também no Ceará, o Ministério da
Integração Nacional autorizou, há cerca de duas semanas, a transferência
de R$ 20 milhões adicionais ao Estado. O dinheiro deve ser aplicado em
obras cujo prazo de execução não ultrapasse 365 dias, a contar da
liberação dos recursos. O montante complementa R$ 15 milhões liberados
no ano passado com o mesmo objetivo.
Outra medida para socorrer
as regiões prejudicadas pela estiagem foi anunciada na segunda-feira, em
Natal (RN), pela presidente Dilma Rousseff. Trata-se de um plano safra a
ser lançado especificamente para o Semiárido nordestino. Além dos
recursos para investimentos e custeio, o plano vai prever assistência
técnica aos produtores da região.
Um dos principais investimentos
para a segurança produtiva do semiárido é a construção de armazéns e
silos para estocar os alimentos. De acordo com a presidente Dilma, a
iniciativa vai melhorar a estrutura dos produtores rurais no período da
seca e reduzir a dependência da importação de milho para alimentação do
rebanho.
O semiárido brasileiro abrange 1.135 cidades da Bahia,
de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do
Ceará, Piauí e norte de Minas Gerais. Estende-se por uma área superior a
900 mil quilômetros quadrados e, segundo o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, abriga mais de 23 milhões de pessoas, muitas em
situação de extrema pobreza.
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