A partir de amanhã, bancários de todo o país entrarão em greve por um reajuste salarial de 10,25%, sendo 5% de aumento real
Do Portal Terra
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região, Juvandia Moreira, confirmou nesta segunda-feira, durante
coletiva à imprensa, o início da greve da categoria. A partir de amanhã,
os bancários de todo o País - inclusive de bancos públicos - devem
paralisar as atividades por tempo indeterminado. "Começa amanhã nos
principais corredores e vai crescendo. Depois vamos atingindo, ampliando
o número de agências e pegando concentrações bancárias", afirmou.
Segundo o sindicato, os caixas eletrônicos vão funcionar, mas o
atendimento ao público será cortado. "Greve é interrupção dos serviços.
Esperamos que ela seja forte para campanha ser resolvida. Nosso desejo
era não ter a greve, mas foi para isso que os bancos nos levaram", disse
Juvandia. A expectativa da entidade é que haja adesão de, ao menos, 42
mil na cidade de São Paulo e na região metropolitana, como foi
registrado no ano passado.
"Tivemos um longo processo de negociação. Foram nove rodadas no
total, onde discutimos toda pauta", disse Juvandia. O sindicato afirma
que a negociação foi iniciada em 1º de agosto, com 45 mil bancários
ouvidos e que não houve resposta das instituições. "Os bancos não
chamaram negociação alguma e não deram sinal disso esta semana. Demos um
prazo longo para eles terem tempo de rediscutir e apresentar uma nova
proposta, mas isso não aconteceu." A entidade promete ainda para esta
quinta-feira (20), um ato conjunto das categorias na avenida Paulista,
às 10h. "Vamos nos concentrar em frente ao Bradesco, na altura do
Trianon", disse.
Reivindicações
A categoria quer reajuste salarial de 10,25%, sendo 5% de aumento
real, além da inflação projetada de 5%. Outro pedido envolve o pagamento
da PLR de três salários mais R$ 4,961,25 fixos. A categoria também
exige a criação de planos de cargos, carreiras e salários para todos os
bancários; o pagamento de auxílio-educação (para graduação e
pós-graduação); ampliação das contratações; aumento da inclusão
bancária; combate às terceirizações; aprovação da convenção que inibe a
dispensa imotivada; cumprimento da jornada de 6h; mais segurança nas
agências bancárias - como instalação das portas de segurança -;
previdência complementar para todos os trabalhadores; elevação para R$
622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do
auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, entre outros.
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