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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Manifestações contra filme blasfemo a Maomé atingem outras embaixadas

Manifestantes e polícia se enfrentam no Cairo - Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Manifestantes e polícia se enfrentam no Cairo
CARTUM - Os protestos contra um filme considerado ofensivo ao profeta Maomé atingem outras embaixadas nesta sexta-feira, 14. Dezenas de manifestantes invadiram a Embaixada da Alemanha no Cartum, Sudão.
As pessoas escalaram o muro da sede diplomática e atearam fogo no local. Carros foram queimados e a polícia combate os manifestantes com bombas de gás.

Embaixadas dos EUA
Cerca de 500 islamitas radicais se manifestam na embaixada norte-americana em Yakarta, Indonésia. "Esse filme insulta nosso profeta. A condenamos. É uma declaração de guerra", afirmou o porta-voz do movimento islamita Huzbut Tahrir e organizador da manifestação.
Entre 300 e 400 policiais foram enviados para a embaixada, já que há o risco de os manifestantes tentarem invadir o local. O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, disse, por meio de um comunicado, que o filme é "lamentável, primeiro por ser blasfemo, e segundo pela repercussão que teve. Lamentamos profundamente as vidas humanas perdidas."
No Egito e no Iêmen, os confrontos aumentaram. Cerca de 300 pessoas estão reunidas em frente à embaixada dos EUA no Cairo e jogam pedras contra policiais que bloqueiam a entrada da sede diplomática. Bandeiras com dizeres como "Não há Deus que não Alá" são erguidas durante os confrontos com a polícia.
De acordo com a mídia estatal, 224 pessoas já ficaram feridas desde a noite de quarta-feira. O presidente do Egito, Mohamed Morsi, classificou os ataques à embaixada de "irresponsáveis". "Os ataques a embaixadas ou consulados são inaceitáveis."
Morsi lembrou que seu Governo tem "a obrigação de defender os locais diplomáticos e turísticos" e condenou o ataque em Benghazi, Líbia, que resultou na morte do embaixador dos EUA e outros três funcionários. "Quem mata um homem, mata o mundo inteiro", afirmou, citando uma frase do Alcorão.
No Iêmen, centenas de manifestantes e a polícia se enfrentam em frente à Embaixada dos EUA em Sanaa. Os confrontos foram registrados no acesso principal à embaixada, bloqueado por forças de seguranças, que lançaram jatos de água para dispersar a multidão.
Os manifestantes entoam frases como "vamos queimar o embaixador", "Alá é grande, há apenas um Deus", "Estados Unidos covarde" e "não se insulta o profeta Maomé". O protesto foi convocado por xiitas independentes do norte do país, que marcharam do Taguir até a sede diplomática.
Na quinta-feira, uma pessoa morreu e outras vinte ficaram feridas após confrontos ao redor da embaixada norte-americana. Naquele momento, manifestantes conseguiram entrar no local, mas não passaram do pátio. O presidente do Iêmen, Abdo Rabu Mansur Hadi, lamentou os ataques na embaixada feitos, na sua opinião, por um grupo com intenção de prejudicar a relação do país com os EUA.
Líbano
Uma pessoa morreu e 25 ficaram feridas em protestos na cidade de Trípoli, no Líbano. De acordo com a Reuters, pessoas armadas entraram em um restaurante.
As manifestações são contrárias ao filme de Maomé e à presença do Papa Bento XVI no país. "Não queremos o papa" e "chega de insultos (ao Islã)" gritavam as pessoas, de acordo com a agência de notícias.
Com Efe e Reuters

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