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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Por conta de greve, 25% das entregas dos Correios têm atraso de até um dia

No segundo dia de paralisação dos funcionários dos Correios, os serviços com hora marcada foram suspensos em mais dois estados (Rio Grande do Sul e Minas Gerais) e cerca de 25% das encomendas pode ter atraso de até um dia, segundo a empresa.
Greve nos Correios (Foto: Kety Marinho/TV Globo)Greve nos Correios (Foto: Kety Marinho/TV Globo)
Segundo os Correios, estão suspensos os serviços Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta destinados a São Paulo capital e região metropolitana, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Rio de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta.
De acordo com o controle de ponto eletrônico, os Correios dizem que 91% dos trabalhadores continuaram trabalhando normalmente neste segundo dia de paralisação. Assim, dos 120 mil trabalhadores da empresa, 10.438 teriam aderido à paralisação.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a adesão é de 70% a 80% da área operacional, em que atuam trabalhadores como carteiros, atendentes e operadores de triagem, ou seja, relacionados às entregas. A entidade não sabe informar, no entanto, o número de funcionários que atuam nestas áreas nem os que estão parados.
Em relação à carga diária, 76% está sendo entregue no prazo, o que equivale a 27 milhões de cartas e encomendas, de acordo com a empresa. O restante pode ter atraso de até um dia, informa. Para garantir a entrega de cartas e encomendas à população, os Correios estão realocando empregados das áreas administrativas, contratando trabalhadores temporários e usando horas extras e mutirões nos finais de semana.
James Magalhães, diretor de imprensa da federação, considera que a empresa se contradiz ao informar menos de 10% de adesão e entrar com uma liminar pedindo que 40% do efetivo se mantenha trabalhando.
A direção da empresa e a Fentect não conseguiram se entender em audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta. Com a falta de um consenso entre as partes, o TST decidiu que vai julgar o dissídio.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os funcionários dos Correios reivindicam aumento de 43,7%, R$ 200 incorporados ao salário, auxílio alimentação de R$ 35, contratação imediata de 30 mil trabalhadores entre outras melhorias. Além das 15 unidades da federação que aderiram à greve nesta quarta-feira, Pará e Minas Gerais já haviam iniciado a paralisação na semana passada.
O TST disse que ainda não há data para julgar o dissídio. A ministra Kátia Arruda, responsável pelo caso, determinou que o movimento grevista mantenha pelo menos 40% do efetivo trabalhando em cada unidade dos Correios, sob pena de R$ 50 mil por dia.

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