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sábado, 15 de setembro de 2012

Quarto dia de revoltas contra EUA mata 12 no mundo árabe


Muçulmanos protestaram após as orações de sexta-feira, dia sagrado do Islã

Manifestantes ajudam homem ferido durante conflitos nesta sexta-feira (14), perto da praça Tahir, no Cairo, capital do Egito. Eles protestavam contra filme considerado ofensivo ao Islã
Manifestantes ajudam homem ferido durante conflitos nesta sexta-feira (14), perto da praça Tahir, no Cairo, capital do Egito. Eles protestavam contra filme considerado ofensivo ao Islã - Amr Abdallah Dalsh/Reuters
quarto dia de protestos contra os Estados Unidos sob a justificativa de um filme amador que ridiculariza o profeta Maomé deixou nesta sexta-feira 12 mortos até agora, segundo a rede BBC e a Al Jazeera. Pelo menos três pessoas morreram e 40 ficaram feridas em confrontos entre a polícia e manifestantes junto à Embaixada dos Estados Unidos no Sudão, outras três na Tunísia, quatro no Iêmen, um manifestante foi morto no protesto diante do consulado dos EUA no Cairo e um libanês morreu nos conflitos seguidos do incêndio provocado por 300 islamitas enfurecidos em um restaurante da rede americana Kentucky Fried Chicken (KFC) em Trípoli, cidade no norte do Líbano..
Segundo um dos organizadores do protesto em Cartum (capital do Sudão), Mohammed Abderrahim, uma das vítimas foi atropelada por um carro da polícia, e os outros foram encontrados mortos diante da Embaixada. Em Túnis, capital tunisiana, três foram mortos quando uma multidão tomou a embaixada americana. Em Sanaa (Iêmen), quatro foram mortos depois que os islamitas tentaram invadir a embaixada dos EUA. No Egito, um homem de 20 anos teria morrido depois de ser baleado diante da Embaixada.
Na Tunísia, os protestos estão cada dia mais sangrentos. Islamitas incendiaram uma escola americana em Túnis, depois de atear fogo também na Embaixada americana, que foi invadida. Em resposta, a polícia tunisiana abriu fogo contra os manifestantes diante do prédio diplomático na capital. As testemunhas disseram que os disparos foram realizados a partir de um tanque de guerra e que os manifestantes se refugiaram nos prédios de escritórios situados nos arredores da missão diplomática, localizada em uma zona residencial e comercial da capital. 
O protesto, que começou após a oração do meio dia da sexta-feira, transformou-se em uma batalha entre os milhares de manifestantes que tentam entrar no complexo da embaixada e as forças de segurança. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, segundo a agência Reuters.
Mundo islâmico em fúria - No dia sagrado do Islã, as revoltas antiamericanas se espalharam para outros países muçulmanos. Agora, além de Iêmen (onde quatro manifestantes morreram na quinta-feira), Egito, Líbia (onde o embaixador dos EUA em Bengasi foi assassinado com outros três americanos), Sudão e Líbano, também viraram palco de protestos Jordânia, Índia, Faixa de Gaza, Indonésia, Catar, Nigéria e Afeganistão.
Em Sanaa (Iêmen), a polícia disparou para o ar para dispersar centenas de manifestantes que se aproximavam da embaixada americana, informou um correspondente. Também foram utilizados jatos d'água para dispersar os manifestantes reunidos a 500 metros da missão diplomática, onde a bandeira americana foi queimada.

Em Bangladesh, cerca de 10.000 manifestantes queimaram em Daca bandeiras americanas e israelenses e cercaram a embaixada dos Estados Unidos. Após a oração semanal, os manifestantes se reuniram em frente à mesquita de Baitul Mokaram, a mais importante do país. Na Indonésia, aproximadamente 350 islamitas radicais protestaram em Jacarta contra a "declaração de guerra" representada pelo filme Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre do inglês).

Na capital iraniana, centenas de pessoas se reuniram, sob os gritos "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", segundo imagens da televisão estatal.  No Afeganistão, as autoridades estão em alerta máxima e a maioria das embaixadas aumentaram suas medidas de segurança.
Confira até onde os protestos se alastraram nesta sexta-feira:

(Com agências EFE e France-Presse)

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