Dez dias depois da enxurrada que deixou pelo menos 785 mortos na região serrana do Rio, a população das cidades atingidas agora se preocupa com a possibilidade do surgimento de doenças como a leptospirose.
Ainda não há casos confirmados, mas, em Teresópolis, há duas crianças com suspeita da doença.
O sangue dos dois meninos, um de 9 anos e outro de 12, foi coletado e será analisado em laboratório.
O fato de ainda não haver casos não significa que o risco está afastado. Na avaliação de Antônio Chicre, diretor-geral do Hospital Municipal Raul Sertã, em Friburgo, há grande risco de começarem a surgir casos a partir da próxima semana, pois os sintomas se manifestam, em média, após 14 dias.
A doença é causada por uma bactéria transmitida pela urina de ratos. Quando há enchentes, é grande a quantidade de casos, pois a população acaba tendo contato com água contaminada.
Entre os sintomas estão febre alta, mal-estar, dor de cabeça constante e cansaço.
O tratamento é feito com antibióticos e, dependendo da gravidade do caso, pode exigir a internação.
Nas filas dos hospitais, moradores mostram preocupação com a doença. "A gente fica apreensivo, porque é muita lama por todos os lados", disse a dona de casa Rosângela Barros, 40, que levou os dois filhos com febre e vômito ao hospital de campanha da Marinha.
Contratado pela prefeitura para limpar ruas, Luciano Antunes, 40, correu para o hospital quando sofreu um arranhão na perna -a bactéria pode entrar no corpo por feridas. "Estamos trabalhando de botas, mas mesmo assim fiquei preocupado. Está todo mundo com medo."
A Secretaria de Saúde de Teresópolis acompanha o surgimento de casos de suspeita de leptospirose, tétano, hepatite, diarreia e infecções.
Nos abrigos da cidade, já foram registrados mais de 200 casos de diarreia desde o último domingo. Mais de 13 mil pessoas foram vacinadas contra o tétano.
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