A presidente Dilma Rousseff desembarca nesta segunda-feira (31) na Argentina para sua primeira agenda oficial no exterior desde que tomou posse. A estreia de Dilma em solo estrangeiro ocorrerá em Buenos Aires, onde será recebida pela presidente Cristina Kirchner e cumprirá uma intensa agenda em apenas cinco horas e meia de visita.
De acordo com o Itamaraty, a viagem tem como objetivo reiterar a prioridade dada pelo Brasil ao relacionamento com a Argentina, seu principal sócio comercial na América do Sul e o terceiro no mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos.
No ano passado, o intercâmbio comercial bilateral chegou próximo dos US$ 33 bilhões, valor considerado recorde. O Brasil é o principal destino das mercadorias argentinas e também seu maior fornecedor.
Além de temas econômicos, também estarão na pauta questões políticas, como a participação dos dois países em organismos internacionais, e ações na área social.
Na última sexta-feira (29), em Porto Alegre (RS), Dilma ressaltou que a Argentina é “fundamental” para a política externa brasileira. Além disso, criticou os governantes brasileiros que, no passado, viravam as costas para o vizinho e só olhavam na direção das potências, como Estados Unidos e Europa.
- Acho que a gente tem de perceber que o desenvolvimento do nosso país implica necessariamente em fortalecermos o desenvolvimento da região.
Segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro pretende aprofundar a cooperação bilateral em temas estratégicos, como as áreas nuclear e espacial, a integração das infraestruturas física e energética e das cadeias produtivas de ambos os países.
Também haverá debate sobre a geração de energia renovável, e um memorando de cooperação será assinado pelos dois governos.
Para impulsionar a integração comercial, Dilma e Cristina irão lançar a proposta de um fórum com empresários de ambas as nações. Quanto à agenda social, o Brasil vai propor parcerias em setores como habitação, saneamento, educação, cultura e promoção da igualdade de oportunidades.
Programação
Dilma deve chegar à Casa Rosada, sede do governo argentino, às 11h30. Lá, haverá primeiro um encontro particular entre as duas presidentes. Em seguida, ela se reunirá por 20 minutos com representantes de entidades que reúnem mães e avós de desaparecidos políticos argentinos: as Madres de Plaza de Mayo e Abuelas de Plaza de Mayo.
Na juventude, a presidente integrou grupos que promoveram a luta armada contra a ditadura brasileira (1964-1985), foi presa e torturada pelos militares.
Depois, haverá uma reunião ampliada, com a participação de ministros, e a assinatura de atos. No início da tarde, Cristina oferecerá a Dilma um almoço de honra no Palácio San Martín, sede do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
O retorno ao Brasil está marcado para as 16h30. A comitiva brasileira deve contar com a presença dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Edison Lobão (Minas e Energia), Iriny Lopes (Secretaria de Políticas para as Mulheres), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Nelson Jobim (Defesa) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), entre outros.
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