A ministra Maria do Rosário pretende tratar a questão dos mortos e desaparecidos nos anos da ditadura sob a ótica do esclarecimento dos fatos, sem insistir na punição dos responsáveis pelas violações de direitos humanos. "Vamos procurar respostas para as famílias, que desejam saber o que aconteceu com seus parentes e onde estão seus restos mortais. A ênfase é na revelação da verdade, não a punição", diz ela. "Buscamos a reconciliação."
A primeira missão dela nessa área será, ao lado do Ministério da Defesa, se empenhar para a aprovação do projeto de lei que institui a Comissão Nacional da Verdade. Encaminhado ao Congresso no ano passado, o projeto destina-se a esclarecer fatos ocorridos na ditadura, especialmente aqueles relacionados a mortos e desaparecidos.
Apesar do interesse e do conhecimento da vida do Congresso, onde começaria a cumprir seu terceiro mandato em fevereiro, Maria do Rosário não estará na linha de frente das negociações. Esse papel caberá ao deputado José Genoino (PT-SP), que em fevereiro deixa o Congresso e passa a trabalhar no Ministério da Defesa, a convite de Jobim, no cargo de assessor civil.
Genoino tem credenciais para a missão. Participou da luta armada contra o regime militar, como a presidente Dilma Rousseff, tem boas relações na área das Forças Armadas e é bom negociador. Sua ação deixará Maria do Rosário mais livre para cuidar de outros temas e até olhar melhor para a cena internacional.
Na semana passada ela esteve no Itamaraty, a convite do ministro Antonio Patriota, com quem almoçou a portas fechadas. Foi mais um sinal de como a presidente Dilma Rousseff pretende dar maior atenção à questão dos direitos humanos nas relações com outros países.
Minha lista de blogs
PÁTRIA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário