O ministro Nelson Jobim (Defesa) confirmou nesta sexta-feira que convidou o deputado José Genoino (PT-SP) para ser seu assessor.
"Em relação ao Genoino, eu efetivamente o convidei no ano passado para ser meu assessor. Eu conheço o deputado José Genoino desde 1988. Tenho relações estreitas com ele. Fiz um convite e ele ainda não me respondeu. Ficamos de conversar em fevereiro sobre se ele virá ou não. A posição que ele assumiria seria de assessor direto ao ministro. Ou seja, vou colar o Genoino em mim", afirmou Jobim, no programa "Bom Dia Ministro".
Genoino é ex-guerrilheiro, atuou no conflito do Araguaia e foi preso no regime militar. Durante sua atuação como parlamentar, ajudou o governo em assuntos relacionados à pasta, como a elaboração do projeto da Comissão da Verdade, que tem a finalidade de examinar e esclarecer violações de direitos humanos praticadas durante o regime militar, e o Plano Nacional de Defesa, que reforça o papel das Forças Armadas.
Já foi condecorado pela Marinha, Aeronáutica e Exército. "Entendo a importância das Forças, não há nenhum rancor", disse ontem à Folha.
Genoino teve que renunciar à presidência do PT após o escândalo do mensalão, em 2005. Desde então, perdeu espaço e visibilidade. Ele não foi eleito para um novo mandato, ficando na segunda suplência.
Procurado ontem pela Folha, confirmou que só vai tomar a decisão em fevereiro, até lá, ainda é deputado. O petista, no entanto, falou de sua relação com o ministro.
"Tenho uma relação política muito forte com o Jobim. Sempre o ajudei na Defesa e defendo muito o trabalho que ele está fazendo. Sempre tive uma relação institucional, de muito diálogo com as Forças Armadas, mas só tomarei decisões a partir de fevereiro, até lá ainda sou deputado."
Além da votação da Comissão da Verdade, um dos principais problemas que a pasta tem pela frente é a definição da compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira).
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