Os antigos sistemas de organização financeira -- cadernos e planilhas de Excel -- ganharam novos concorrentes que prometem facilitar a árida tarefa de controlar quanto entra e sai do bolso.
São sites de controle de finanças que não param de surgir no Brasil, na esteira do sucesso do americano Mint.
Aqui, há ao menos 15 opções de sites e ferramentas que podem ser baixadas na internet, segundo levantamento de Conrado Navarro, sócio da empresa de educação financeira Dinheirama.
A pedido da Folha, ele avaliou cinco deles.
A maioria dos sites de controle financeiro oferece versões gratuitas e pagas (com custo mensal, geralmente, a partir de R$ 10).
O funcionamento básico consiste em registrar as receitas e gastos e classificá-los por categorias como alimentação, transporte e moradia.
O objetivo é ter um diagnóstico das finanças, identificando os itens em que há maior concentração de despesas e espaço para cortes.
Com a regularidade do uso da ferramenta, também é possível gerar relatórios apontando a evolução dos gastos e receitas mês a mês.
Outras funcionalidades comuns são o alerta de vencimento de contas por e-mail e a criação de metas de receitas e despesas por categoria. Assim, se o usuário estipula um limite de gasto de R$ 500 em lazer no mês, será avisado quando atingir o valor.
DESAFIO
Mas o grande desafio para aumentar o interesse pelas ferramentas é automatizar o lançamento das operações.
Nos EUA, o Mint conseguiu integrar seu sistema com os dos bancos, possibilitando que os dados dos extratos bancários sejam importados automaticamente.
Nenhum site brasileiro conseguiu isso ainda. O que o usuário pode fazer é exportar o extrato do seu banco, salvar no computador e importar para o site, caso os arquivos sejam compatíveis.
Depois de realizar a importação, o usuário pode categorizar os gastos e receitas. Sites como Manubia, Organizze e Contas On-line permitem criar filtros para automatizar os lançamentos.
"Se no extrato do usuário vem todo mês uma conta de luz ou se ele almoça com frequência em um lugar, ele define previamente que, sempre que determinado nome aparecer no extrato, deve entrar numa categoria pré-definida", explica Felipe Spinelli, do Manubia.
Apesar de dar um pouco de trabalho, principalmente no início, Navarro considera que a organização financeira -seja em site ou em papel -- é fundamental.
"A maioria das famílias brasileiras está empatada ou em dívida. Isso acontece porque não têm a exata noção de quanto recebem e gastam. Com organização é possível economizar e, quem sabe, passar a investir", disse.
A estudante de matemática Taluana Furlan, 28, trocou as planilhas de Excel pela versão gratuita do gBolso há três anos. Ela concentra os gastos no cartão, junta os canhotos e, toda semana, lança as informações no site. Perde só dez minutos, afirma.
"Comecei a fazer controle financeiro porque ganhava pouco como estagiária e queria economizar. Consegui comprar computador e um celular melhor. Agora que minha renda melhorou, quero começar a investir", conta.
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