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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Número de mortos por chuvas no RJ chega a 57; Cabral pede ajuda à Marinha

As fortes chuvas da noite de ontem e desta madrugada deixaram ao menos 57 pessoas mortas na região serrana do Rio de Janeiro. Só em Teresópolis, já são 48 os mortos, em ao menos cinco bairros diferentes da cidade.Em Friburgo, sete pessoas morreram, entre elas quatro bombeiros que socorriam as vítimas em um prédio que desabou. A Defesa Civil diz que, em 24 horas, choveu mais do que o esperado para todo o mês de janeiro.

Também houve mortes em Petrópolis. Um casal de idosos morreu no bairro do Brejal. Há notícias ainda de vítimas, ainda não oficialmente confirmadas, no Vale do Cuiabá, regiões que ficaram isoladas pela chuva.

Na tarde de ontem, um prédio de três andares desabou na cidade. Duas pessoas morreram, entre elas uma menina de 7 anos.

Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo sofrem ainda com falta de energia, água e telefone.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), solicitou ao comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, aeronaves para o deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros. Cabral está fora do país, em viagem, e só deve chegar ao Rio amanhã.

O vice-governador Luiz Fernando Pezão coordena em campo as operações. Ele voou para Nova Friburgo para acompanhar in loco os trabalhos de resgate.

Pezão afirma que a situação é muito grave, e em alguns lugares o acesso só é possível por helicóptero.

RELATOS

Donos de casas nas localidades de vale do Cuiabá, em Petrópolis, disseram que a região ficou inteiramente isolada, sem luz, água e telefone. O economista José Roberto Afonso tem uma casa em um condomínio da região e disse que a chuva destruiu a ponte de acesso ao local.

"A gente está desesperado. O caseiro me ligou às 6h30. Ele me disse que a chuva arrastou carros, tudo o que tinha pela frente e destruiu a ponte. Ele me disse ainda que os pais do nosso eletricista morreram afogados e que há mortos entre os hóspedes de uma pousada no local", disse. Ele fez um apelo para que a Defesa Civil chegue ao local por via aérea.

O caseiro Manoel Cândido da Rocha Sobrinho, 45, descreveu a situação no vale do Cuiabá como "um mar de lama", após o temporal que atingiu a região. Segundo ele, a chuva começou por volta das 22h de ontem, mas começou a cair torrencialmente durante a madrugada.

"Moro aqui há 25 anos. Nunca tinha visto algo assim. Moro em um local mais alto, mas quando olho para baixo só vejo um mar de lama. A maioria das pessoas se salvou subindo em árvore ou correndo para lugares mais altos", disse.

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