Pelos cálculos do Dieese, o trabalhador deveria receber salário mínimo de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes acima do piso oficial
Do Portal Terra
Os itens que compõe a cesta básica apresentaram aumento de preços,
em outubro, em nove de um total de 17 capitais onde é feita apuração
mensal pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse
número é igual ao verificado em setembro, porém com mudanças nas
cidades.
O pão francês ficou mais caro em 13 capitais e a maior alta foi em
Belém (10,48%). O feijão teve elevação em oito locais e a maior taxa foi
registrada em Manaus (4,81%). O tomate, que chegou a ser o vilão da
inflação, apresentou queda em 12 capitais e a maior variação foi em
Florianópolis (-44,44%).
No décimo mês do ano, os maiores avanços ocorreram no Recife
(4,49%) e em Fortaleza (2,54%), no Nordeste. No Norte, Manaus apresentou
alta de 3,61% nos preços dos alimentos essenciais para as famílias. Das
três cidades, apenas a capital do Amazonas estava na lista das mais
caras em setembro. Em sentido oposto, houve recuo em Florianópolis
(-9,04%), no Sul; Brasília (-3,66%), no Centro-Oeste e Vitória (-2,29%),
no Sudeste.
São Paulo voltou ao valor mais alto depois de três meses. Para
comprar os 13 itens da cesta, os consumidores da capital paulista
desembolsaram R$ 311,55. Em segunda posição está Porto Alegre (R$
305,72) que, na pesquisa anterior, liderava as altas. O terceiro maior
valor foi encontrado em Manaus (R$ 298,22). Os menores valores foram
registrados em Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa
(R$ 232,97).
Da lista de 13 itens, o destaque foi o arroz com aumento de preço
nas 17 capitais pesquisadas. Os reajustes mais expressivos foram em
Aracaju (19,77%), Vitória (16,93%) e no Recife (13,88%). O óleo de soja
subiu de preço em 16 localidades. A única baixa foi em Brasília (-1,22%)
e maior variação em Florianópolis (6,97%). O leite aumentou em 14
capitais com destaque para Goiânia (5,36%) e em sentido contrário
Brasília (-5,58%). A carne bovina teve alta em 13 capitais e Curitiba
liderou o percentual (5,67%).
Salário mínimo
Pelos cálculos do Dieese, o trabalhador deveria receber salário
mínimo de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes acima do piso oficial (R$
622), para garantir o sustento básico da família em alimentação,
moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e
Previdência Social.
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