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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Senado quer explicação de Cardozo sobre tráfico de influência no Governo

Pedro Simon (PMDB-RS) vai protocolar na Comissão de Constituição e Justiça, nesta segunda-feira, pedido para convocar o ministro

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça (Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr)
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, deve ser chamado no Senado para explicar o esquema de uma organização criminosa, investigada pela Polícia Federal (PF), segundo o jornal O Estado de São Paulo. O objetivo da Operação Porto Seguro, como foi batizada a ação, é desarticular uma quadrilha que atuava em sete órgãos federais para obter pareceres técnicos favoráveis a interesses privados.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) irá protocolar na Comissão de Constituição e Justiça, nesta segunda-feira, um pedido para convocar Cardozo. Para o parlamentar, o ministro deve detalhar a ação da Polícia Federal e explicar medidas do governo na área.
De acordo com Simon, o caso é grave, pois aconteceu na alma do governo. Rosemary Nóvoa de Noronha, que era chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, foi exonerada no sábado pela presidente Dilma Rousseff depois que diálogos e trocas de mensagens entre ela e Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), foram interceptadas pela PF. De acordo com as investigações, ambos são suspeitos de integrar uma quadrilha que se infiltrou em órgãos da administração pública federal para negociar a elaboração de pareceres técnicos fraudulentos em benefício de empresários.
Para o senador, o escritório da Presidência deve ser fechado. "Sempre fui contra um escritório fora de Brasília. Não tem lógica alguma. Isso lembra os primeiros tempos da capital, quando órgãos públicos e bancos federais mantinham suas sedes no Rio", afirmou o parlamentar neste domingo ao O Estado de São Paulo.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), por sua vez, pedirá à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para ouvir Rosemary, a "Rose", e Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, também suspeito de integrar a quadrilha.

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