Agenda do presidente do Senado não registrou compromissos oficiais no estado; caso aconteceu em 15 de junho
Renan Calheiros(PMDB-AL). Senador também embarcou em "trem da alegria"
(Minervino Junior/Agência BG Press)
Um dia após a revelação de que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou um jato
da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar sete parentes para a final
da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro, é a vez do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ser acusado de usar uma aeronave do estado para fins particulares.
Segundo edição do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira,
Renan usou um jato C-99 da FAB para ir de Maceió para Trancoso, na
Bahia, no dia 15 de junho. A agenda do senador não registrou
compromissos oficiais no estado nesse dia. O único evento a que Renan
compareceu foi o casamento da filha mais velha do senador e colega de
partido Eduardo Braga (PMDB-AM). A cerimônia badalada contou com a
presença de vários empresários e políticos. O cantor Latino fez um show
privativo.
Na madrugada do dia 16 de junho, a aeronave foi para Brasília, mais uma
vez dando carona para o senador. As informações foram confirmadas pela
FAB, afirma a Folha de S.Paulo. Na data do casamento, as manifestações que sacudiram o país já haviam entrado na segunda semana.
Na manhã desta quinta-feira, o presidente do Senado tentou justificar a
carona. "O avião da FAB, usado pelo presidente do Senado, é um avião de
representação e eu utilizei o avião para representação, como presidente
do Senado", disse Renan, ao chegar ao Senado.
No caso de Henrique Alves, a utilização da aeronave pegou mal. No mesmo
dia, o presidente da Câmara afirmou que “errou” ao permitir o embarque
de sete parentes em um jato da FAB. O deputado devolveu 9.700 reais à União para pagar a carona dos parentes.
(Com Estadão Conteúdo)
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