Um senador republicano que viu as fotos do saudita Osama Bin Laden morto descreveu as imagens como 'pavorosas', mas afirmou que elas não deixam dúvidas de que o líder da rede Al-Qaeda foi morto.
O republicano James Inhofe foi o primeiro senador a ver as fotos após a CIA (a agência de inteligência americana) ter se oferecido a mostrá-las a membros de quatro comissões do Congresso.
Em uma entrevista à TV americana CNN, ele disse ter visto 15 fotos tiradas durante a operação militar americana que matou Bin Laden, no dia 2 de maio.
A maioria delas foi tirada na casa em Abbottabad, no Paquistão, onde o saudita estava escondido. Três das imagens mostram o corpo no navio para onde ele foi levado e de onde foi sepultado no mar.
Segundo Inhofe, as fotos tiradas dentro da casa após Bin Laden ser morto são 'bem pavorosas' e mostram seu rosto coberto de sangue e com pedaços do cérebro saindo pelo globo ocular.
As três fotos feitas no navio, segundo ele, são menos impressionantes e permitem uma identificação melhor, ao mostrar o rosto do saudita já lavado e sem sangue. As fotos mostrariam também o sepultamento no mar.
'Obama vivo'
O senador afirmou ainda que três das imagens feitas na casa mostram o saudita ainda vivo. 'Três das primeiras 12 fotos eram de Obama quando ele ainda estava vivo', afirmou o senador, cometendo um deslize ao confundir o primeiro nome do líder da Al-Qaeda com o sobrenome do presidente do país, Barack Obama.
Ao ser questionado sobre as dúvidas do público em relação à morte de Bin Laden, Inhofe afirmou: 'Não há absolutamente nenhuma dúvida sobre isso. Muitas pessoas por aí dizem: 'Eu quero ver as fotos'. Mas eu já as vi. Era ele. Ele se foi. Ele é história'.
Para o senador, o governo americano deveria divulgar algumas das fotos, principalmente as tiradas no navio, após a lavagem do corpo, para eliminar definitivamente as dúvidas sobre a morte do saudita.
O governo americano havia anunciado na semana passada que não divulgaria as fotos de Bin Laden morto por considerá-las fortes demais e para evitar que elas incitassem a violência e fossem usadas como peça de propaganda por grupos radicais.
Diário
Um diário do líder da Al-Qaeda encontrado na casa onde ele foi morto, em Abbottabad, conteria planos para novos ataques que pudessem matar milhares de cidadãos americanos e forçar a retirada das tropas dos Estados Unidos de países do Oriente Médio, segundo autoridades americanas.
Segundo essas autoridades, que falaram à agência de notícias Associated Press em condição de anonimato, Bin Laden questionava quantos americanos teriam que ser mortos para forçar a retirada militar americana.
O saudita teria escrito no diário que ataques de menor envergadura desde os grandes atentados do 11 de setembro de 2001 não estavam tendo o impacto desejado.
Bin Laden pediria aos seus seguidores que atingissem cidades menores e sistemas de trens.
Segundo os funcionários americanos, o diário manuscrito e arquivos de computador confiscados na casa em Abbottabad mostram que Bin Laden estava ativamente envolvido em todas as principais ameaças recentes relacionadas à Al-Qaeda.
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