A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, informou nesta quarta-feira que tentará reduzir a quantidade de material radioativo no fundo do mar perto da central, após ter detectado níveis de radiação entre 100 e 1 mil vezes superiores ao normal.
A empresa quer instalar neste mês, em frente à usina, um dispositivo de depuração com zeólita --um mineral que absorve substâncias radioativas-- para reduzir a contaminação na água do mar, informou nesta quarta-feira a cadeia NHK.
As amostras do estudo, tomadas na semana passada em dois pontos diferentes a uma profundidade entre 20 e 30 metros, continham entre 1.400 e 1.200 becquerel por quilo de césio-137 e césio-134 e entre 98 e 190 becquerel de iodo-131.
As duas localizações ficam a cerca de três quilômetros das costas dos povoados de Minamisoma e Naraha, 15 quilômetros ao norte e 20 ao sul da central, respectivamente.
As substâncias ficaram depositadas no oceano após serem expelidas ao ar pela usina ou depois de terem sido arrastadas pelos vazamentos de água contaminada que chegaram ao mar, segundo a Tepco.
Na segunda-feira, a empresa detectou nível de iodo radioativo 5.800 maior que o permitido em uma mostra de água do reator 2, que sofreu vazamentos nos dias posteriores ao terremoto e tsunami de 11 de março.
A Tepco acredita ser difícil avaliar os resultados das amostras, pois não existem limites legais quanto à presença destas substâncias no leito do oceano, e diz que continuará estudando o impacto destes níveis na vida marinha.
Já o Ministério de Ciência japonês não detectou nenhuma substância radioativa em medições realizadas no fundo do mar, uma 50 quilômetros ao sul da central e a outra 200 quilômetros ao norte de Tóquio.
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