Declaração foi dada a um jornal russo.
Assad rejeitou suspeitas de que ele usou armas químicas contra o país.
Bashar Al-Assad em entrevista feita em Damasco
para o jornal russo Izvestia. (Foto: Sana/AFP)
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, advertiu Washington de que qualquer intervenção militar dos EUA na Síria irá fracassar.para o jornal russo Izvestia. (Foto: Sana/AFP)
As declarações foram dadas em uma entrevista publicada no jornal russo "Izvestia" nesta segunda-feira (26).
"Os Estados Unidos vão fracassar, como em todas as guerras anteriores que eles desencadearam, começando com a do Vietnã até os dias de hoje", disse Assad ao periódico Izvestia.
Ele também rejeitou as alegações ocidentais de que ele utilizou armas químicas contra rebeldes na última quarta-feira - o que levou à morte mais de mil pessoas, segundo a oposição.
Ele chamou de "insensatas" as acusações ocidentais sobre um suposto ataque químico executado por seu regime e advertiu o governo dos Estados Unidos que os projetos de intervenção militar na Síria estão "condenados ao fracasso".
"Não faz sentido acusar primeiro e buscar as provas depois".
O secretário de Estado americano John Kerry ligou no domingo para o secretário-geral da ONU e para os chefes da diplomacia da Grã-Bretanha, França, Canadá e Rússia para informar que tem 'poucas dúvidas' sobre o uso de armas químicas por Damasco em 21 de agosto contra alvos rebeldes nos subúrbios da capital síria.
Especialistas da ONU devem seguir nesta segunda-feira para o local do suposto ataque químico, depois que receberam no domingo a autorização do regime de Damasco.
Os investigadores da ONU seguirão para a região de Ghuta oriental, local do suposto ataque com armas químicas da semana passada.
A missão, composta por uma dezena de inspetores e dirigida pelo sueco Aake Sellstrom, desembarcou em Damasco em 18 de agosto para investigar denúncias de outros supostos ataques.
Mas três dias depois da chegada, o exército sírio executou um ataque ao oeste de Damasco, durante o qual a oposição acusa o regime de ter utilizado armas químicas, e matou mais de 1.000 pessoas, também segundo os opositores a Assad.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou sobre "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" que chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco, dos quais 355 faleceram, apesar da ONG não ter conseguido "confirmar cientificamente a causa dos sintomas nem estabelecer a responsabilidade do ataque".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) contabilizou mais de 300 mortos por gás tóxico, incluindo dezenas de rebeldes.
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