Pesquisa mostra que mercado de PCs tem muito a crescer no Brasil em meio à disputa com os tablets
Enquanto
hoje muito se fala no fim da "era PC", com o computador de mesa
perdendo espaço para tablets e smartphones, um terço dos brasileiros
ainda não dispõe de um computador em casa. De acordo com uma recente
pesquisa realizada pela fabricante de chips Intel, esse contingente
planeja a aquisição desse equipamento ainda neste ano, motivado pela
queda de mais de 61% no preço médio do produto nos últimos dez anos
aliada ao crescimento do poder de consumo das classes C e D.
"A
hora de comprar é agora", diz a gerente de marketing da Intel, Bárbara
Toledo. Mas é preciso atentar para algumas dicas para fazer uma boa
escolha - e até mesmo vencer a tentação de acabar adquirindo o produto
da moda (leia-se "tablet"), quando na verdade o perfil de usuário
apontar para outra necessidade.
No levantamento da Intel, 50% dos
entrevistados disseram que sua próxima compra de eletroeletrônico deve
ser um desktop, notebook ou netbook. Segundo Bárbara Toledo, o desktop
(computador de mesa) é uma escolha inteligente para a família que ainda
vai adquirir o primeiro PC. De fato, segundo a pesquisa, 95% dos que
pretendem comprar o equipamento preferem o desktop como primeiro
computador e 30% afirmam que ele será fundamental para sua educação e
dos filhos. Para 25%, a prioridade é o entretenimento e, para 30%, a
intenção é utilizar o equipamento para trabalho.
O desktop é,
portanto, um PC mais voltado para o uso coletivo, enquanto notebooks e
tablets são mais pessoais. Estes últimos também apresentam diferenças,
sendo o notebook mais voltado para produtividade e o tablet para consumo
de conteúdo. "O tablet é mais um companheiro, para o uso individual, e
não substitui o PC", esclarece a executiva.
Para quem deseja
adquirir o computador, é fundamental definir a necessidade para saber
qual das opções será mais adequada - entre desktop, notebook e o novo
ultrabook (categoria de notebooks ultrafinos e de alto desempenho criada
pela Intel).
Outra recomendação, se a opção for por um notebook,
é estar atento à duração da bateria, item imprescindível para quem quer
um computador realmente portátil. Alguns portáteis, como os ultrabooks,
têm duração de bateria de até 9 horas. Atentar para o processador
também é importante. Quem vai fazer uso de recursos mais pesados, como
jogos e vídeos de alta definição, precisa de um equipamento com um
processador mais potente.
Os computadores se tornaram mais pessoais, agora com modelos dois-em-um: PCs com telas destacáveis que se transformam em tablets
Margem de crescimento
Para
Bárbara Toledo, a popularização dos tablets não trouxe perspectiva
pessimista para o mercado de PCs no Brasil. Para ela, há bastante espaço
para crescimento no país. A executiva destaca a evolução do PC nos
últimos dez anos, que o coloca hoje bem atualizado para se adequar às
novas necessidades do mercado em tempos de tablets e smartphones. Ela
cita como exemplo os novos "dois-em-um", notebooks conversíveis que
podem ser usados como tablets. "E hoje se pode comprar um dois-em-um
pelo preço de um desktop de anos atrás", diz.
Apesar do otimismo,
os desktops já respondem pela menor fatia de participação do mercado de
eletrônicos - que envolve desktops, notebooks e tablets. Esse tipo de
computador representa 26,8% das vendas no país no primeiro semestre
deste ano, ficando atrás dos notebooks, com 38,4% de participação, e dos
tablets, com 34,8%, segundo dados divulgados pela consultoria IDC.
Maiores vendas
Os
tablets são os aparelhos que apresentam o maior crescimento das vendas
no período. Foram 3,3 milhões de unidades comercializadas nos últimos
seis meses - um crescimento de 165% em relação a igual período no ano
passado. Segundo o IDC, desktops e notebooks respondem por 10,4 milhões
de unidades vendidas.
De acordo com a consultoria, as vendas
globais de tablets devem superar as de notebooks e netbooks ainda neste
ano. Em 2015, o número de tablets saindo das fábricas também deve
superar as encomendas de PCs em geral. Os envios de tablets devem
atingir o patamar de 229,3 milhões de unidades em 2013, representando um
crescimento de 58,7% em relação a 144,5 milhões de encomendas
registradas no ano passado.
Faça sua escolha
Desktop
- O bom e velho PC de mesa é mais indicado como uma máquina a ser
compartilhada no trabalho ou em casa, útil na realização de projetos,
entretenimento e comunicação.
Notebook - Une as
características do desktop, adicionando a mobilidade, tornando-se uma
ótima ferramenta de produtividade, mais voltada ao uso individual.
Tablet
- Na comparação com o notebook, o dispositivo representa um passo
adiante em direção à mobilidade e ao uso individual. Porém, perde a
característica de ferramenta de produtividade, adequando-se mais ao
consumo de informação online.
Minha lista de blogs
PÁTRIA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário