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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ataque químico matou 1.429 pessoas na Síria, diz Kerry

Há 'fortes evidências' de que regime sírio usou 'gases neurotóxicos', disse.
Diplomata afirmou que EUA não vão repetir experiência do Iraque na Síria.

Do G1, em São Paulo
O ataque químico da semana passada na Síria matou 1.429 pessoas, 426 delas crianças, disse nesta sexta-feira (30) o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
Segundo ele, há "fortes evidências" de que o governo sírio usou "gases neurotóxicos" no ataque a posições rebeldes, e é "altamente improvável" que o ataque tenha partido dos rebeldes sírios.
O principal diplomata dos EUA afirmou que o governo americano vai realizar uma ação militar "seletiva" na Síria, sem tropas terrestres, e que o país não vai "repetir a experiência do Iraque", em uma referência ao ataque realizado em 2003 no governo do então presidente George W. Bush.
"Não repetiremos aquele momento", disse Kerry. "Nossos serviços de inteligência revisaram e revisaram com cuidado a informação sobre esse ataque.
O ataque de 21 de agosto, na periferia de Damasco, deixou centenas de mortos, segundo a oposição síria, que acusou o regime do contestado presidente Bashar al-Assad. O governo negou responsabilidade.
O provável uso de armas químicas levou EUA e as potências ocidentais, que vinham evitando falar em intervenção na guerra civil síria, a mudar o tom e a cogitar um ataque contra as forças de Assad.
O conflito sírio, que já dura mais de dois anos, provocou mais de 100 mil mortes, destruiu boa parte da infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária e de refugiados, provocando instabilidade regional.
Kerry também afirmou que é necessário que as potências atuem na Síria para "enviar uma mensagem" ao Irã e ao movimento libanês Hezbollah, aliados do contestado regime de Assad.
30/8 - Famílias sírias cruzam a fronteira e entram na Turquia pela passagem de Cilvegozu para se refugiar no país vizinho, com medo da tensão internacional que torna iminente um conflito com os EUA (Foto: Bulent Kilic/AFP)30/8 - Famílias sírias cruzam a fronteira e entram na Turquia pela passagem de Cilvegozu para se refugiar no país vizinho, com medo da tensão internacional que torna iminente um conflito com os EUA (Foto: Bulent Kilic/AFP)
arte síria versão 28.08 (Foto: Arte/G1)

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