Há 'fortes evidências' de que regime sírio usou 'gases neurotóxicos', disse.
Diplomata afirmou que EUA não vão repetir experiência do Iraque na Síria.
Segundo ele, há "fortes evidências" de que o governo sírio usou "gases neurotóxicos" no ataque a posições rebeldes, e é "altamente improvável" que o ataque tenha partido dos rebeldes sírios.
O principal diplomata dos EUA afirmou que o governo americano vai realizar uma ação militar "seletiva" na Síria, sem tropas terrestres, e que o país não vai "repetir a experiência do Iraque", em uma referência ao ataque realizado em 2003 no governo do então presidente George W. Bush.
"Não repetiremos aquele momento", disse Kerry. "Nossos serviços de inteligência revisaram e revisaram com cuidado a informação sobre esse ataque.
O ataque de 21 de agosto, na periferia de Damasco, deixou centenas de mortos, segundo a oposição síria, que acusou o regime do contestado presidente Bashar al-Assad. O governo negou responsabilidade.
O provável uso de armas químicas levou EUA e as potências ocidentais, que vinham evitando falar em intervenção na guerra civil síria, a mudar o tom e a cogitar um ataque contra as forças de Assad.
O conflito sírio, que já dura mais de dois anos, provocou mais de 100 mil mortes, destruiu boa parte da infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária e de refugiados, provocando instabilidade regional.
Kerry também afirmou que é necessário que as potências atuem na Síria para "enviar uma mensagem" ao Irã e ao movimento libanês Hezbollah, aliados do contestado regime de Assad.
30/8
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