Pesquisa de Tábuas de Mortalidade foi divulgada nesta sexta-feira (2).
Santa Catarina é estado com maior expectativa; Maranhão é o pior.
Em todas as regiões e estados do país, o IBGE constatou acréscimos na esperança de vida ao nascer.
De acordo com o levantamento, moradores da Região Sul registraram a maior taxa de expectativa de vida, podendo viver até 75,84 anos.
Em seguida vem o Sudeste, com 75,40 anos; na terceira posição está o Centro-Oeste, com 73,64 anos; o Nordeste ficou em quarto, com 71,20 anos e, na última posição, está o Norte, com 70,76 anos.
As informações fazem parte das Tábuas de Mortalidade, que usam dados do Censo de 2010, de estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde referentes a 2010.
As tábuas, que são divulgadas todos os anos, foram recalculadas a partir de um recorte regional. Os dados de 2010 por estado foram divulgados pela primeira vez pelo instituto.
Estados
Santa Catarina foi o estado que apresentou a maior expectativa de vida tanto para mulheres quanto para homens. Enquanto elas alcançam 79,90 anos, eles podem chegar até 73,73 anos -- a média de idade do estado é de 76,80 anos.
Na contramão está o Maranhão, com o menor índice de esperança de vida ao nascer, com 68,69 anos. As mulheres de Roraima são as que vivem menos, segundo o IBGE, com expectativa de vida de 72,81 anos. Alagoas é o estado onde os homens vivem menos, tem expectativa de vida de 64,60 anos.
O estado que mais elevou sua expectativa de vida entre 1980 e 2010 foi o Rio Grande do Norte (média de 15,85 anos). A esperança de vida aumentou 14,65 anos para homens e 17,03 anos para as mulheres desta unidade federativa.
Dado Nacional
No Brasil, em 2010, a esperança de vida ao nascer no país era de 73 anos, 9 meses e 3 dias, revelando um acréscimo de 11 anos, 2 meses e 27 dias em comparação com 1980, quando o índice era de 62,52 anos.
Segundo o estudo, ao longo de três décadas a expectativa de vida aumentou, anualmente, cerca de 4 meses e 15 dias. As mulheres brasileiras alcançam idades mais avançadas que as dos homens. Enquanto elas vivem em média 77,38 anos, eles podem atingir 73,76 anos – uma diferença de 7,17 anos. Em 1980, essa diferença era de 6,07 anos, segundo o instituto.
Sobremortalidade masculina
O levantamento chama atenção para a sobremortalidade masculina, resultado da maior exposição dos homens aos óbitos por causas externas, como homicídios ou acidentes de trânsito.
Segundo o IBGE, em 2010, a mortalidade masculina atingiu principalmente jovens do grupo de idade entre 20 e 24 anos. Houve um acréscimo de 115,6% na comparação com 1980, uma probabilidade que passou de 2,0 para 4,4 vezes nos últimos 30 anos. Ou seja, a chance de um homem de 20 anos não atingir os 25 anos em 2010 era 4,4 vezes maior do que a mesma probabilidade para a população feminina.
Todos os estados do Brasil tiveram alta na mortalidade masculina, no grupo de idade entre 20 e 24 anos, segundo o IBGE. O Nordeste registrou o maior índice, seguido do Sul do país.
O estado de Alagoas foi o que apresentou a maior taxa de mortalidade, aumento de 348,3% nas últimas três décadas. Bahia vem em seguida, com alta de 240% no período. O Acre foi o estado que deteve a menor alta, com acréscimo de 35% nas mortes.
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