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sábado, 4 de setembro de 2010

Mantega diz que quantidade de sigilos quebrados foi ‘muito maior’

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (3) que o número de sigilos quebrados na Receita Federal foi “muito maior” e que a rapidez com que o caso está sendo investigado é “incomum”.
As declarações foram dadas durante entrevista coletiva na Caixa Econômica Federal, em São Paulo.
“Na verdade, não foi só o sigilo de algumas pessoas com vinculações partidárias que foi quebrado, foi num número muito maior. Portanto, isso tem que ser investigado. Isso está sendo investigado por uma comissão de sindicância com toda celeridade possível. É incomum essa celeridade. As informações têm sido trazidas ao público, tanto que todo dia há novas notícias no jornais”, disse, acrescentando que a corregedoria da Receita está trabalhando "exaustivamente" no caso.
A corregedoria da Receita investiga, num procedimento administrativo, a quebra de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas ao partido, incluindo Veronica Serra, filha do candidato tucano à Presidência, José Serra. As investigações apontam que os dados fiscais do grupo foram acessados de computadores da agência da Receita em Mauá (SP).
A Receita informou anteriormente que via indícios de um "balcão de compra e venda de informações" dentro do órgão, mas negou que houvesse motivação eleitoral nas quebras de sigilo. Nesta semana, descobriu-se que uma procuração utilizada para obter as declarações de renda de Veronica Serra havia sido falsificada. O contador que retirou os documentos presta depoimento na Polícia Federal nesta sexta. Em entrevista ao "Jornal Nacional", ele afirmou que agiu a mando de terceiros. Na quinta (2), a PF assumiu as investigações sobre o caso.
'Não há sistema inviolável'
Mantega voltou a dizer que não cogita "substituir" o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo. Afirmou que o sistema de segurança será aperfeiçoado "para dar mais garantias aos contribuintes", mas ponderou que "não há sistema inviolável".
"Outro dia, aqui no centro de São Paulo, você podia comprar disquetes com informações até de bancos privados (...). Eu acredito que vazamento ocorrem o tempo... sempre ocorreram. Se você olhar para o passado, tem vários vazamentos que ocorreram. A gente detecta, coíbe, pune. E a gente muda o sistema. Infelizmente, depois, os contraventores conseguem achar uma maneira de furar isso, aí temos que aperfeiçoar o sistema e punir rigorosamente aqueles que o violam.”

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