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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uso da cadeirinha ainda gera dúvidas; acessório é obrigatório a partir de hoje

No dia em que entra em vigor no país a resolução determinando que o transporte de crianças com até sete anos e meio em carros de passeio seja feito em cadeirinhas adequadas ao peso e à idade, muitos pais ainda têm dúvidas sobre as regras e dificuldades para se adaptar.A partir de hoje, crianças com até um ano só podem ser transportadas no bebê conforto. Já as de um a quatro anos devem ir em cadeirinhas, e aquelas entre quatro e sete anos e meio devem usar o booster. A punição é de sete pontos na carteira mais multa de R$ 191,54. Em São Paulo, a CET começa a multar a partir de hoje, e a PM, a partir do dia 6. No Rio, porém, as multas só começarão a ser aplicadas no dia 8, uma semana depois que no restante do país.
Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, diz que a entidade recebe cerca de 20 e-mails por dia com dúvidas de pais sobre a nova lei.A principal, afirma, é o que fazer para adaptar carros em que o cinto de segurança traseiro é curto demais para prender o bebê conforto ou a cadeirinha.
É o caso de Ana Lúcia Ravagnani, 36, que tem um Ford Fiesta 2008 e não consegue prender a cadeirinha. Grávida de sete meses, ela já comprou o equipamento e se surpreendeu ao constatar que ele não cabia no carro. Tentou outras cadeirinhas, mas nenhuma se adequou.
A Ford lhe disse que não faria a troca do cinto de segurança porque ela comprou o carro antes da resolução, que é de maio de 2008. À Folha a empresa disse que os clientes devem entrar em contato com a central de atendimento para relatar cada caso. No site da ONG também é possível assistir a uma aula virtual com dicas sobre o uso correto dos equipamentos.
José Antônio Oka, supervisor de segurança viária do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária), afirma que outro problema será a adequação dos carros com cinto de dois pontos. "A frota é muito antiga", diz.
O gerente do Inmetro Gustavo Kuster é categórico ao declarar que "não existe, no mundo, cadeirinha segura para cinto de dois pontos". Para a resolução, porém, é indiferente o tipo de cinto, desde que a criança esteja no equipamento determinado.

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