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domingo, 6 de outubro de 2013

Argentina investirá US$ 2 bi em suas forças

Plano de Cristina para reequipar militares prevê compra de caças Mirage usados

Roberto Godoy

O governo da Argentina comprou 16 caças Mirage F1, usados da aviação militar da Espanha, para reequipar o Grupo 6 da VI Brigada Aérea, em Tandil.Ovalor do contrato, é de US$ 217 milhões. A presidente Cristina Kirchner lançou, em setembro, um programa de modernização das Forças Armadas que vai exigir investimentos de US$ 2 bilhões até 2018.
Os super sônicos foram fabricados na França, há 38anos.Em junho, o Ejército del Aire – o EdA espanhol – desativou toda a frota que operava na base aérea de Albacete,na província de La Mancha.
 A missão dos F1seráocontrole da fronteira norte do país, rota de voos clandestinos. A Força Aérea argentina emprega 14 muito velhos Mirage III, todos produzidos há 40 anos. São os remanescentes da frota usada em1982naguerra pelo arquipélago das Falkland/Malvinas, contra a Inglaterra.
Não é o único projeto em desenvolvimento na região.O Peru anunciou há dez dias a aquisição de 110 tanques e blindados de apoio russos, da família T90. O carro de combate é considerado um dos três mais modernos e avançados do mundo. A Operação Raiz do Fogo vai custar cerca de US$ 850 milhões e também integra um plano maior, de aumento da capacidade da Defesa do país ao longo de cinco anos.
O governo do presidente O llanta Humala enfrenta problemas com a guerrilha Sendero Luminoso.Oministro da Defesa, Pedro Cateriano, decretou o estado de emergência em cinco províncias – Abade, Tocache, Leôncio Prado, Marañone Huamalies. Nas áreas estão suspensos os direitos de livre trânsito, de inviolabilidade domiciliar e de reunião.Segundo Cateriano, "a luta armada nessas comunidade é uma realidade sustentada pelos plantadores de coca e distribuidores de drogas". Os tanques pesam 45 toneladas e são armados com canhões de125milímetroscomcapacidadeparadispararmísseisdaclasse Svir, d múltiplo emprego.
O T90Cempregasistemasdemecatrônica que permitem a aplicação em terreno adverso, úmido, de selva, ou arenoso. Emoutra iniciativa as autoridades da Defesa peruana estão negociando, com a Rússia, a incorporação de ao menos 24 novos helicópteros de ataque, a série Mi-35 conhecida como Couraçados Voadores. França e Estados Unidos disputam a encomenda. Em dezembro de 2012, a tropa especial de intervenção rápida recebeu cinco helicópteros recuperados, porém, pouco atualizados, ao custo de US$ 10 milhões.

 Mirage argentino.

A Venezuela, a Colômbia, a Bolívia, e o pequeno Suriname, estão consolidando planos locais destinados a suprir demandas militares.Todos envolvem compras de blindados sobre rodas, aviões e helicópteros. O Centro de Estudos Estratégicos do Chile estima os gastos em andamento em US$ 10 bilhões.O maior pacote é do Brasil –os projetos estratégicos da Marinha,do Exército e Aeronáutica soma R$ 124 bilhões, algo próximo de US$ 62,5 bilhões. Os M irage F1 da Argentina devem começam a chegar ainda este an0. De acordo com o ministro da Defesa, Agustín Rossi, serão revisados na Fábrica Argentina de Aviones, em Córdoba. A situação dos esquadrões de caça locais é dramática. Sãoconsideradosoperaci0naisapenasseteSkyhawks, subsônicos,sobreviventes dos 36 comprados pelo ex- presidente Carlos Menem em1997. Por causa da limitação orçamentária as horas de vôo estão limitadas a 13,6 por ano. As patrulhas sobre o mar, não passam de sete na agenda de rotina anual de treinamento. O s supersônicos espanhóis já somam1.700 horas de voo cada um.São boas máquinas de guerra. Operados por 14 nações, podem levar de 4 a 6 toneladas de cargas de ataque – mísseis, foguetes, bombas – mais dois canhõesde30mm. Em Albacete,o a 14ª Ala do EdA acumulou 200 milhoras de vôo com as aeronaves desde 1975. Perdeu 35 delas. E12 pilotos morreram em ação.

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