SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Greve dos bancários deixa 55% das agências fechadas, diz Contraf

Greve fechou 11.748 agências fechadas nesta terça, diz a entidade.
Na segunda, bancários em greve rejeitaram reajuste proposto pelos bancos.

Do G1, em São Paulo
Greve fecha agências no Acre (Foto: Tácita Muniz/G1)
Greve bancos acre  (Foto: Tácita Muniz/G1) A greve dos bancários deixou 54,6% das agências do país fechadas nesta terça-feira (8), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
No que é considerado o 20º dia de paralisação, 11.748 agências ficaram fechadas, diz a entidade. O número significa um crescimento de 91,1% em relação ao primeiro dia da paralisação, em 19 de setembro, quando 6.145 foram fechadas.
“Além do constante crescimento da greve, dia após dia, tanto em bancos públicos como privados, outro forte indicador de que os bancários não retornarão ao trabalho sem uma proposta decente foi que as assembleias desta segunda-feira foram massivas, com número maior de trabalhadores do que quando foi deflagrada a greve”, diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Os bancários em greve decidiram rejeitar, em assembleias realizadas na segunda (7), a proposta de reajuste de 7,1% oferecida pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Com isso, está mantida em todo o país a greve, que nesta terça completa 20 dias.
A Contraf-CUT diz ter enviado, nesta terça, ofício do comando nacional de greve à Fenaban comunicando que as decisões das assembleias de segunda-feira em todo o país "rejeitaram a proposta insuficiente" apresentada na sexta-feira, que eleva de 6,1% para 7,1% (o que representa apenas 0,97% de ganho real).
A entidade diz que o documento reitera que o comando “permanece à disposição para continuar as negociações para a apresentação de uma proposta satisfatória dos bancos, que atenda de fato às reivindicações econômicas e sociais da categoria”.
Proposta
A proposta dos bancos, de elevar de 6,1% para 7,1% foi apresentada na sexta-feira (4) pela Fenaban. A proposta incluia ainda aumento de 7,5% no piso da categoria e elevação de 10% nos valores fixos da PLR (participação nos lucros e resultados).
"A Fenaban lamenta os transtornos causados pela paralisação e ressalta que está empenhando todos os esforços necessários para chegar a um acordo", afirmou a federação nesta segunda.
A paralisação dos bancários já afeta a captação de crédito no país, segundo a Contraf-CUT, que cita o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. De acordo com o levantamento, o número de pessoas em busca de crédito diminuiu 9,8%, em setembro, comparado a agosto.
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
A Fenaban aifrma que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário